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Previdência

Indefinição do consignado

Governo e sistema bancário nacional ainda discutem uma solução para retomara os empréstimos consignados. Na semana passada, antes de baixar a taxa de juros do crédito consignado, o ministro Carlos Lupi (Previdência) recebeu uma contraproposta do setor bancário: reduzir o teto de 2,14% para 2,08% ao mês, reduzindo as margens a perto de zero. Ele não aceitou.

O porcentual de 1,7% ao mês fixado fez com que bancos públicos e privados suspendessem a linha. A previsão é que as instituições financeiras refaçam cálculos que permitam reduzir os custos internos para voltar a operar neste mercado. A preferência será reduzir a inadimplência. Um executivo lembrou que bancos costumam fazer isso selecionando clientes, dando preferência aos de renda mais alta e dispensando quem precisa de crédito.

Para entender

Na última terça, o Conselho Nacional de Previdência Social baixou de 2,14% para 1,70% a taxa cobrada na modalidade. Os bancos decidiram parar temporariamente de oferecer empréstimos consignados para aposentados na última quinta-feira, 16. Isso aconteceu depois que o Conselho Nacional de Previdência Social reduziu o limite máximo de juros que podem ser cobrados nesse tipo de empréstimo.

Bancos

Entre os bancos que suspenderam a modalidade estão o Itaú Unibanco, Mercantil do Brasil, Banco Pan, Daycoval e Agibank. Os bancos públicos – Banco do Brasil e Caixa – também suspenderam a operação. Antes da mudança, os bancos podiam cobrar até 2,14% de juros ao mês, mas agora só podem cobrar até 1,70%.

Além disso, o limite de juros para empréstimos com cartão consignado também foi reduzido, de 3,06% para 2,62%. Por isso, bancos que decidiram suspender a oferta desse tipo de empréstimo, como Itaú Unibanco, Mercantil do Brasil, Banco Pan, Daycoval e Agibank.

Custos

Segundo a Febraban, os novos limites de juros para empréstimos consignados não são suficientes para cobrir todos os custos envolvidos e podem levar a uma redução na oferta de crédito. A alteração nos juros foi feita contra o alerta do Ministério da Fazenda sobre o risco de deixar os segurados do INSS sem o empréstimo, deixando esse público à mercê de empréstimos mais caros. Isso é preocupante porque muitas pessoas que dependem desse tipo de empréstimo são de baixa renda e já estão com o nome sujo.

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