24 de agosto de 2024
Administração municipal recuperou, até o momento, a quantia de R$ 17,2 mil. O restante do valor ainda aguarda pedido de análise feito pelo banco / Foto: Reprodução
Carlos Renato
JACUÍ – A Prefeitura de Jacuí foi vítima de um golpe financeiro que resultou na transferência indevida do valor de R$ 119.990,00. O crime teria ocorrido no dia 9 de agosto e verificado pela administração na semana passada. Até o momento foi recuperado apenas R$ 17.251,14 da quantia desviada.
Segundo informações da Secretaria de Administração e Finanças, o incidente começou no dia 8 de agosto, quando a chefe do Departamento de Finanças recebeu uma ligação de um homem que se identificou como funcionário da Caixa Econômica Federal, alegando a necessidade de uma atualização no sistema bancário da prefeitura.
De acordo com a secretaria, nos dias seguintes, o golpista, que se apresentou como Lucas, entrou em contato novamente, informando que as assinaturas eletrônicas da servidora pública haviam sido bloqueadas.
O golpista teria orientado que a funcionária teria que entrar em contato com a gerente da conta bancária na agência local da Caixa para solicitar o desbloqueio.
Conforme informou a pasta, no dia 14 de agosto, a gerente do banco retornou uma mensagem à funcionária da prefeitura, alertando que a Caixa não realiza atualizações por telefone e que não havia nenhum funcionário chamado Lucas na agência.
Segundo a prefeitura, ao verificar os extratos bancários, a servidora constatou uma transferência suspeita no dia 9 de agosto, no valor de R$ 119.990,00, em nome de W. D. T., vinculada ao PagSeguro, utilizando uma chave Pix.
Conforme informou a servidora, após a transferência indevida da quantia, o acesso à conta bancária foi bloqueio. Ela ressaltou que a referida conta serve apenas para recebimento de dinheiro e para transferências de valores entre contas da prefeitura, não sendo utilizada para a realização de pagamento de fornecedores e de funcionários.
Segundo a servidora, foi verificado que o sistema bancário da prefeitura foi clonado e acionou o banco para resolver o problema. Ela informou ainda que realizou uma contestação da transferência feita indevidamente, conseguindo o estorno do valor de R$ 17.251,14.
De acordo com a servidora, o banco solicitou o prazo de 15 dias úteis para analisar o pedido de contestação, para verificar a possibilidade de estorno do restante do valor desviado.
Um boletim de ocorrência foi registrado para iniciar a investigação e localizar o golpista. A Polícia Federal e demais autoridades trabalham para recuperar o valor desviado e identificar os responsáveis pelo crime.