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Prefeitura de Alpinópolis esclarece sobre situação na mina da Vila Betânia

Moradores alegam que famílias ciganas estariam utilizando o local e deixando sujeira e degradação na reserva ambiental, situada no bairro Vila Betânia / Foto: Divulgação

Carlos Renato

ALPINÓPOLIS – A Prefeitura de Alpinópolis esclareceu nesta quinta-feira, 10, sobre a atuação que foi adotada após denúncia de supostos danos e degradação em uma reserva ambiental conhecida como mina do bairro Vila Betânia, que fica próximo à rodovia MG-050.

Segundo relatos de moradores, o local estaria sendo frequentado por famílias ciganas, que estariam acampando e deixando lixo. Os moradores pedem providências para preservar e isolar a nascente, evitando invasões.

Conforme a secretária municipal de Infraestrutura Rural, Agropecuária e Meio Ambiente, Andreza Regina Campoi de Melo, a prefeitura tomou conhecimento da situação e uma equipe da pasta compareceu ao local para averiguar os danos e a suposta degradação que a reserva ambiental teria sofrido.

Andreza destaca que ações de conscientização foram tomadas, em conjunto com a Polícia Militar do Meio Ambiente e com participação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Ela reforça ainda que a reserva ambiental é devidamente cercada e tem apenas um acesso.

“Diante dessa situação foram realizadas as providências cabíveis, com a limpeza do local e orientações sobre a importância da preservação ambiental, para manter os recursos naturais e estamos empenhados em preservas nossas reservas”, informa.

Conforme ressalta a secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Miriam de Lima Leite, uma equipe multidisciplinar, composta por assistentes sociais e psicólogos, compareceu ao local para orientar sobre o correto descarte de lixo e resíduos, além de informar sobre os serviços sociais disponíveis à família em situação de vulnerabilidade social.

“O Cras, através de um psicólogo e assistente social esteve na reserva e disponibilizou ajuda, com orientações e abordagem humanizada, sugerindo locais para tomar banho e ingestão de água, porque a reserva é inapropriada para banho e consumo de água”, afirma.

Segundo Miriam, o município não tem autorização para realizar retirada compulsória. “Uma vez que é da cultura de povos ciganos viver em situação nômade, o município não pode e não deve impedir a livre locomoção e o direito de ir e vir”, destaca.

A secretária esclarece que a última abordagem foi feita no domingo, 6, quando cerca de cinco pessoas da mesma família estavam acampadas na reserva em uma barraca.

Miriam aponta ainda que essa e outras famílias comparecem no local esporadicamente, mas que depois de cerca de 15 dias saem da cidade e vão para Poços de Caldas.

Moradores próximos à reserva ambiental alegam que os ciganos estariam degradando o meio ambiente e teriam procurado o Ministério Público para resolver a situação.

Em nota de esclarecimento enviado para os moradores, a Promotoria de Justiça de Alpinópolis informou que “um levantamento do aparato legal no local será verificado, para definição da nossa atuação.  A preservação ambiental é uma obrigação real de particulares, em suas áreas particulares e, do ente público também, no caso de área pública. Por isso a demanda merece atenção e iremos fazer um levantamento. Qualquer dúvida ou mais algum detalhe, estamos à disposição”, informou o órgão na última quarta-feira, 9.

Foto: Divulgação

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