ASSOS – Um jovem de 14 anos, de Passos, foi identificado pela Polícia Civil como sendo a pessoa por trás de um perfil em rede social que estaria extorquindo e ameaçando crianças e adolescentes a mandarem para ele fotos e vídeos com conteúdo pornográfico explícito.
A identificação foi feita pela equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), na última segunda-feira, 31, após investigações que tiveram início a partir de 30 de maio.
Segundo informações da Deam, durante a ação policial foi apreendido o celular do adolescente, que será remetido à perícia com a finalidade ratificar o envolvimento dele no ato infracional, bem como verificar a existência de outras vítimas.
As investigações iniciaram após a primeira denúncia, no dia 30 de maio deste ano. Na ocasião, a vítima, uma menina de 13 anos, afirmou que um indivíduo desconhecido teria criado um perfil falso dela em uma rede social, por meio da qual divulgou fotos íntimas de várias mulheres. Utilizando-se do nome e da foto da adolescente, o indivíduo passou a ameaçá-la, afirmando que somente apagaria o perfil falso se ela mandasse fotos e vídeos com conteúdo sexual explícito para ele.
A segunda denúncia foi registrada no dia 27 de julho, quando uma criança de 10 anos afirmou que um indivíduo estaria conversando com ela, por meio da mesma rede social, fazendo ameaças. Nas mensagens, o infrator afirmava saber onde a menina estudava e que conhecia a família dela, mais uma vez exigindo que a criança mandasse fotos e vídeos de conteúdo sexual explícito para ele. Quanto mais fotos e vídeos a menina mandava, mais material o adolescente investigado requisitava, ameaçando divulgar o conteúdo já obtido.
De acordo com a titular da Deam em Passos, delegada Mariana Fioravante, o adolescente ameaçava as vítimas e ordenava que elas praticassem atos sexuais utilizando diversos instrumentos.
Segundo a Polícia Civil, o adolescente já prestou informações, acompanhado da responsável legal, e confessou pelo menos a prática do estupro virtual contra quatro adolescentes do sexo feminino. As investigações continuam a fim de verificar se o adolescente faz parte de uma rede organizada de troca de imagens com conteúdo de pornografia infantil.