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PM prende homem condenado por morte de policial em Alpinópolis

12 de maio de 2023

Foto: Divulgação.

ALPINÓPOLIS – A Polícia Militar prendeu em Alpinópolis um homem, de 26 anos, condenado a 20 anos de prisão pela morte do cabo da PM Antonio Marcos de Aguiar, que trabalhava no município. O policial foi morto em 2015.

Segundo informações da PM, Michel Barbosa de Souza foi preso com base em mandado de prisão e a polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa dele, onde foram localizadas drogas e aparelhos celulares, de origem suspeita. A mulher dele, uma jovem de 20 anos, também foi presa por suspeita de envolvimento no tráfico de entorpecentes.

Ainda de acordo com a PM, após, o mandado de prisão foi expedido pela comarca de Alpinópolis, pelo juiz Claiton Santos Teixeira.

Segundo a PM, os militares já estavam monitorando a residência onde os suspeitos moravam, bem como já haviam solicitado o mandado de busca e apreensão devido a movimentação suspeita e denúncia de tráfico de drogas.

Após, emissão do mandado de busca e apreensão a PM deslocou até a residência localizada no Bairro CEA para dar início à operação. Segundo a PM, ao chegarem no local, os militares deparam com o autor saindo da casa em veículo Celta de cor branca.

Após, a prisão os policiais iniciaram busca no domicílio e localizaram, dentro do banheiro, embaixo do lavatório, oito saquinhos com cocaína. A PM também apreendeu seis telefones celulares. De acordo com a PM, denúncias apontavam que a mulher do jovem de 26 anos auxiliava na venda das drogas.

Crime

Segundo informações da PM, o cabo Aguiar foi morto a tiros, na noite de 7 de julho de 2015, durante uma tentativa de assalto em um bar localizado no bairro Rosário, na rua Capitão Joaquim Bento. O policial, que estava de folga, encontrava-se no estabelecimento quando, por volta das 22h, Michel Barbosa de Souza, na época com 19 anos, usando capacete e portando arma de fogo, entrou no local e tentou se apossar das chaves da motocicleta do militar, com o intuito de roubar o veículo.

Durante a ação criminosa o PM foi atingido por dois projéteis de revólver, sendo um na cabeça e outro no braço direito, vindo a falecer no local.

Ainda de acordo com a PM, o acusado contou com a colaboração de um adolescente de 17 anos, que aguardava do lado de fora em outra moto para auxiliar na fuga, e de um jovem de 21 anos, que teria emprestado a moto para a prática do crime, e de outro jovem de 19 anos, que, após o assassinato, teria auxiliado Michel com o objetivo de preservá-lo escondido.

Na oportunidade, equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil, com apoio de um helicóptero, realizam, desde as primeiras horas após o crime, um pente fino na cidade com o intuito de localizar e prender os envolvidos.

O adolescente foi apreendido e um dos jovens foi preso em flagrante, já o autor dos disparos, que conseguir fugir e se esconder, foi preso no dia seguinte em um matagal nas proximidades da estrada vicinal que dá acesso ao bairro rural da Prata. Durante as buscas o autor dos tiros contra o cabo Aguiar contava com o suporte de um dos envolvidos que, ciente de toda a empreitada criminosa, contribuía para mantê-lo foragido, segundo a PM.

De acordo com a PM, Michel e o jovem de 21 anos foram condenados, cada um, a 20 anos de prisão em regime fechado. Já o outro jovem envolvido no crime recebeu pena de um mês, podendo cumpri-la em regime aberto, que consiste em prestação pecuniária equivalente ao pagamento de um salário-mínimo. Cabe recurso nas sentenças.

O assassinato do militar em Alpinópolis ocorreu no mesmo dia em que a então, presidente Dilma Rousseff, sancionou lei que torna crime hediondo e qualificado o assassinato de policiais e integrantes das Forças Armadas, com penas que variam de 12 a 30 anos de prisão, além de endurecer a condenação em casos de lesão corporal à categoria.