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Plenário da ALMG aprova recomposição salarial de 3,62% para Executivo

Proposta segue em votação nesta semana para votação das emendas que ainda não foram apreciadas / Foto: Divulgação

BELO HORIZONTE – O Projeto de Lei (PL) 2.309/24, do governador Romeu Zema, que dispõe sobre a revisão geral dos vencimentos dos servidores do Poder Executivo, foi aprovado em 1º turno, em Reunião Extraordinária do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A proposição, no entanto, seguirá em votação no Plenário nesta semana, uma vez que as emendas ao texto principal não foram apreciadas, por falta de quórum.

Segundo a ALMG, o texto original do projeto aprovado prevê recomposição de 3,62%, retroativa a 1º de janeiro deste ano. Esse índice se estende aos servidores inativos e aos pensionistas com direito à paridade, aos detentores de função pública e aos convocados para a função de magistério. A revisão também abrange os contratos temporários vigentes, cargos de provimento em comissão, funções gratificadas e gratificações de função.

Durante a tramitação em 1º turno, a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) recomendou a aprovação do projeto com a emenda nº 1, que corrige erro na redação do artigo 6º da proposição, o qual trata do vencimento das carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica.

Conforme a assembleia, dessa forma, o artigo passa a prever que tal vencimento será reajustado, por lei específica, na mesma periodicidade e no mesmo percentual das atualizações do piso salarial profissional nacional dos profissionais do magistério público da educação básica, de que trata a Lei Federal nº 11.738, de 2008.

O projeto também recebeu diversas emendas de deputados da oposição ao governo Zema. Durante a reunião, a requerimento de líderes de blocos, algumas dessas emendas ao texto principal seriam votadas de forma destacada. De modo geral, elas modificam o índice proposto pelo Poder Executivo. Mas a reunião foi encerrada por falta de quórum para votação. Dessa forma, a apreciação dessas emendas vai continuar numa outra reunião de Plenário.

Todas as emendas apresentadas ao projeto em reunião de Plenário anterior, inclusive essas com votação em separado, receberam parecer pela rejeição da FFO.

Deputados defendem emendas destacadas

Para o deputado Sargento Rodrigues (PL), o governo tem prejudicado sistematicamente os servidores da segurança pública. Para fazer frente a isso, conforme disse, a emenda nº 57, assinada por 30 deputados, autoriza o governo a dar 10,67% de recomposição salarial para os servidores da segurança pública. Esse percentual seria a reposição da inflação acumulada nos anos de 2022 e 2023.

“A emenda é autorizativa. Se quiser, o governador paga e, se não quiser, continua enrolando. Não fizemos emenda impositiva para não ter vício de iniciativa”, explicou.

Ele ainda destacou a emenda nº 8, que autoriza o governo a incorporar ao salário um abono já pago ao servidor da segurança pública.

O deputado Professor Cleiton (PV) também defendeu as emendas autorizativas. Segundo ele, a emenda nº 17, por exemplo, propõe o índice de 10,67 % para todos os servidores do Estado, sem distinção. Em sua opinião, os conteúdos corrigem erros do Executivo, que não dialoga com as diversas categorias do serviço público.

“E tem mais. O governo não retirou as propostas de implosão do Ipsemg e do IPSM. Se elas caminharem nessa Casa, os contracheques do policial, do professor e do profissional da saúde vão mostrar que o aumento de nada vai adiantar”, declarou Professor Cleiton.

Desde que o PL nº 2.309/24 começou a tramitar, a principal crítica tem sido ao índice de 3,62%, que, segundo parlamentares de oposição, não repõe as perdas provocadas pela inflação.

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