BELO HORIZONTE – A estimativa preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas para 2024 chega a R$ 1,06 trilhão, o que representa 9% do produto agregado nacional.

O número foi divulgado pela Fundação João Pinheiro, responsável pelo cálculo oficial do PIB, nesta quarta-feira, 26. Do valor total, R$ 593,9 bilhões são atribuídos aos serviços; R$ 264,0 bilhões à indústria; R$ 70,0 bilhões às atividades da agricultura, pecuária e produção florestal e R$ 130,4 bilhões aos impostos indiretos sobre produtos.

As informações são parte do Informativo FJP – Contas Regionais: Produto Interno Bruto de Minas Gerais – 4º trimestre de 2024, disponível no site da instituição (https://fjp.mg.gov.br/).

Na comparação do quarto trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, houve expansão real de 4,1% no PIB de Minas, com crescimento registrado para todos os grupos de atividades, com exceção das indústrias extrativas e dos serviços industriais de utilidade pública.

Serviços

O Valor Adicionado Bruto (VAB) no agregado do setor de serviços teve crescimento real de 0,2% no quarto trimestre de 2024 na comparação com o trimestre imediatamente anterior, puxado pela expansão de 1% no comércio, principalmente de hipermercados, de vestuário, de móveis e eletrodomésticos e de produtos de informática e telecomunicações.

No segmento de outros serviços, houve ganho de ocupações nos serviços de alojamento e alimentação, educação, saúde humana e serviços sociais, artes, cultura, esporte e recreação, serviços pessoais e domésticos.

Também foi registrada expansão dos serviços de informação e comunicação e nos serviços profissionais, técnico-científicos e administrativos, além das atividades características do turismo.

Na comparação anual, entretanto, houve perda de volume de na produção dos serviços profissionais, técnico-científicos e administrativos. Nas atividades de transporte, houve expansão de 0,3% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, de 3% em relação ao quarto trimestre de 2023, de 2,2% no acumulado do ano.

Indústrias

A produção acumulada das indústrias extrativas em 2024 superou a de 2023 em 1,8%, graças ao avanço do setor nos três primeiros trimestres do ano, já que houve queda de 5,6% no último trimestre de 2024 em relação aos três meses anteriores e de 10,3% na comparação com o mesmo período de 2023.

Nas indústrias de transformação houve expansão de 0,7% em relação ao terceiro trimestre de 2024, com destaque para a fabricação de alimentos, de derivados do refino de petróleo e biocombustíveis, na metalurgia e na fabricação de máquinas e equipamentos e de veículos automotores. Na construção civil, o crescimento registrado no trimestre foi de 1,5%.

Nas atividades de geração e distribuição de eletricidade, gás, água e saneamento, houve ligeiro crescimento no quarto trimestre de 2024 no consumo total de eletricidade, se comparado ao trimestre anterior, e retração na geração de eletricidade nos segmentos hidroelétrico e térmico.

Agropecuária

O resultado agregado do setor a cada trimestre é influenciado pelo desempenho de algumas lavouras que não têm distribuição uniforme ao longo do ano. Nos últimos três meses de 2024, o valor adicionado na agropecuária do estado teve queda de -3,1% em comparação com o trimestre imediatamente anterior na série com ajuste sazonal (procedimento estatístico que anula o efeito de fatores que se repetem todos os anos, na mesma época, nos dados das séries temporais).

No entanto, em relação ao mesmo período de 2023, o setor registrou variação de 13,3% no volume de produção, especialmente nas culturas de cana-de-açúcar e de batata inglesa, com maior peso no último trimestre.