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Pelo Mundial, Fluminense enfrenta o maior clube da África

Foto: Reprodução.

Leonardo Natalino

PASSOS – De maneira surpreendente, o Al-Ahly, do Egito, conquistou uma vitória convincente de 3 x 1 sobre o Al-Ittihad, da Árabia Saudita, equipe estrelada por astros como Benzema e Kanté. Agora, os Vermelhos, como são apelidados, enfrentam o Fluminense na semifinal do Mundial de Clubes, marcada para segunda-feira, 18, às 15h, no Estádio King Abdullah. 

O Al-Ahly é o segundo clube com mais participações no Mundial, sendo superado apenas pelo Auckland City, da Nova Zelândia. Embora tenha alcançado o terceiro lugar em três ocasiões (2006, 2020 e 2021), o time nunca chegou à final.

No âmbito local, o Al-Ahly ostenta o título de atual e maior campeão do Egito, acumulando 43 títulos e 12 vice-campeonatos. O clube nunca sofreu rebaixamento e possui um impressionante histórico de 38 conquistas em copas nacionais. A estimativa da torcida é de 25 milhões de pessoas.

No cenário africano, é o principal clube, destacando-se como o mais vitorioso, popular e financeiramente robusto. O clube ostenta impressionantes 11 títulos na Liga dos Campeões Africanos, superando qualquer outro clube por uma margem de seis títulos, com nove dessas conquistas ocorrendo no século XXI. Além disso, registra cinco vice-campeonatos continentais e quatro triunfos na Copa dos Campeões da África.

Fundado em 1907, no Cairo, o Al-Ahly recebeu da Confederação Africana de Futebol (CAF), em 2001, o título de “Clube Africano do Século XX”, pela primeira vez. O representante do Egito já recebeu seis vezes na história o prêmio da CAF.

Na edição do Mundial de 2022, ficou em quarto lugar após ser derrotado pelo Flamengo, por 4 x 2. Em 2021, foi eliminado pelo Palmeiras na semifinal. Em 2020, venceu a equipe paulista na briga pelo terceiro lugar. E em 2012, também perdeu para o Corinthians na semifinal.

Clube quer reconhecimento do torneio Copa Rio de 1952

PASSOS – Ao estreia no Mundial de Clubes no formato atual, o Fluminense busca o reconhecimento, por parte da FIFA, de sua primeira conquista no cenário mundial: a Copa Rio de 1952. Em uma era em que não existia a Libertadores nem a Liga dos Campeões, o Tricolor enfrentou campeões nacionais de ligas europeias e do Uruguai, sagrando-se campeão de forma invicta.

O torneio, também conquistado pelo Palmeiras em 1951, recebeu o nome da cidade do Rio de Janeiro por ter sido a principal apoiadora financeira que contribuiu para tornar a Copa uma realidade. Em um dossiê apresentado à FIFA, o Fluminense argumenta que a própria entidade aprovou a competição, buscando manter o futebol em destaque no Brasil.

“A Copa do Mundo de 1950 foi um sucesso de público, mas, como o país-sede não foi campeão, surgiu o temor de que o esporte pudesse perder parte de seu apelo no país. A Copa Rio, então, manteve o Brasil no cenário internacional do futebol. Esses campeonatos foram precursores do que se tornou comum nos anos seguintes em competições entre clubes, e tiveram o aval da FIFA”, afirmou Daniel Cohen, coordenador do departamento Flu-Memória.

Participaram da competição de 1952 os seguintes clubes estrangeiros: Sporting, de Portugal; Grasshopper, da Suíça; Peñarol, do Uruguai; Áustria Viena; Saarbrücken, da Alemanha; e Libertad, do Paraguai.

Em um Brasil sem liga nacional, os representantes foram os campeões do Carioca e do Paulista de 1951: Fluminense e Corinthians. Os dois clubes, inclusive, fizeram a final vencida pelos tricolores no Maracanã, com uma vitória por 2 x 0 e um empate em 2 x 2.

Foto: Reprodução.

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