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PCMG desarticula esquema de sorteios fraudulentos em Passos

Três carros, 10 motocicletas e uma moto aquática foram apreendidos / Foto: Divulgação

PASSOS – A Delegacia de Fraudes Cibernéticas da Polícia Civil em Passos desarticulou uma associação criminosa especializada em golpes por meio de sorteios e rifas fraudulentos divulgados em redes sociais.

Segundo informações da PCMG, nesta quarta-feira, 27, a corporação deflagrou a operação “Armadilha Digital” e cumpriu seis mandados de busca e apreensão contra os investigados envolvidos no esquema. Durante a ação, veículos e bens de luxo foram apreendidos, o que evidencia a expressiva movimentação financeira gerada pelas fraudes. Foram apreendidos três automóveis, 10 motocicletas e um moto aquática.

Além dos golpes, as investigações revelaram que os suspeitos também praticavam crimes contra a economia popular, ao explorar a boa-fé de participantes com promessas de prêmios de alto valor, como carros de luxo e grandes somas de dinheiro. Contudo, os sorteios eram manipulados ou sequer realizados, configurando um esquema para obtenção de vantagens ilícitas.

De acordo com o delegado Felipe Capute, o esquema compreendia uma fraude sofisticada para tirar dinheiro das vítimas com uso de perfis em redes sociais.

“Os investigados criavam perfis em redes sociais e, sob a aparência de influenciadores digitais com milhares de seguidores, exibiam itens de luxo e anunciavam oportunidades aparentemente imperdíveis. Prometiam prêmios caros, como veículos de luxo e quantias expressivas de dinheiro, bastando que os seguidores adquirissem cotas por valores simbólicos. Essa prática, no entanto, ocultava uma fraude sofisticada e bem articulada, com o único objetivo de obter dinheiro das vítimas”, afirma.

Segundo o delegado, “os sorteios, muitas vezes, sequer ocorriam de forma legítima. Em alguns casos, o prêmio nem existia, e em outros, o suposto ganhador era um cúmplice, criando uma falsa entrega para passar credibilidade e manter o esquema funcionando. Sem qualquer auditoria ou transparência, os envolvidos manipulavam os resultados, embolsando quantias significativas arrecadadas com a venda de centenas ou até milhares de cotas”. disse.

“Esses influenciadores exploravam a confiança e o desejo das vítimas de conquistar algo valioso com um pequeno investimento, transformando redes sociais em um palco para encenar golpes planejados. Essa investigação é fundamental para impedir que outros usuários sejam lesados por essa associação criminosa”, aponta o delegado.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações continuam para identificar outros integrantes da associação criminosa e apurar crimes conexos, como lavagem de dinheiro, que pode ter sido utilizada para ocultar a origem dos recursos obtidos com as fraudes.

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