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Passos concentra 20% das casas sem moradores na região, diz IBGE

6 de setembro de 2024

Foto: Reprodução.

PASSOS – A maioria dos domicílios vagos na região é formada por casas, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 26.363, imóveis sem ocupação, 23.480 (89,06%) são casas e 1.585 (6,01%) são apartamentos. Passos concentra 20,5% das casas não ocupadas e 68,39% dos apartamentos vagos na região.

De acordo com o IBGE, os domicílios particulares considerados vagos são aqueles que não apresentavam moradores na época de realização do censo.

Em Passos, foram registrados 6.120 domicílios vagos, sendo 4.828 casas (78,88%) e 1.084 apartamentos (17,72%). O município é o maior da região em quantidade de casas vagas, seguido por São Sebastião do Paraíso (2.573), Monte Santo de Minas (1.521), Carmo do Rio Claro (1.217), Piumhi (1.210) e Cássia (1.151). Doresópolis (129) tem o menor número.

A segunda categoria em quantidade de domicílios vagos é apartamentos. São 1.585 espalhados nas 27 cidades, o que representa 6,01% do total. Passos concentra 68,39% dos apartamentos vagos na região, com 1.084.

Casas de vila ou condomínios e casas de cômodos ou cortiços são as categorias com o menor número. A primeira soma 55 (0,20%) domicílios vagos. E a segunda, 40 (0,15%).

Também fazem parte da soma de domicílios vagos estruturas degradadas ou inacabadas. Na região, a categoria representa 4,56%, com 1.203. Apenas em Passos são 186.

Brasil

No Brasil são casas (8.579.432). Apartamentos representam 18%, casas de vila ou condomínio somam 3% (2.015.668), e estruturas residenciais permanentemente degradadas ou inacabadas correspondem a 3% (363.490).

Uso ocasional

A pesquisa divulgada nesta sexta também contabiliza dados sobre domicílios particulares não ocupados de uso ocasional, ou seja, aqueles usados para descanso de fins de semana, férias ou outro fim, mesmo que, na data de referência, os ocupantes ocasionais estivessem presentes.

Nessa categoria, todos os munícipios da região apresentaram quase a totalidade em casas. Cidades como Fortaleza de Minas e Pratápolis contam apenas com esse tipo de imóvel. Em Passos são 3.015 casas e 648 apartamentos.

Exceção

No Brasil, 78% dos imóveis de uso ocasional são casas e 17% são apartamentos, mas 55 cidades contrariam a estatística.

Em Balneário Camboriú (SC), por exemplo, 94,4% dos imóveis utilizados ocasionalmente são apartamentos. A cidade é famosa pela grande quantidade de edifícios altos e abriga oito dos 10 maiores arranha-céus residenciais do Brasil.

Santos (SP) também figura no ranking. Na cidade da Baixada Santista, 94,1% dos imóveis desocupados são apartamentos. O município é famoso pelos prédios inclinados ao longo da orla, e um levantamento recente revelou que 319 edifícios apresentam essa característica.

Outras cidades litorâneas com características semelhantes são Itapema (SC), com 90,5%, São Vicente (SP), com 87,1%, Guarujá (SP), com 80,3%, Praia Grande (SP), com 78,0%, João Pessoa (PB), com 72,0%, e Vitória (ES), onde 71,0% dos imóveis de uso ocasional são apartamentos.

Improvisados

Ainda de acordo com o Censo 2022, o Brasil soma 56.600 pessoas que moram em barracas de lona, plástico ou tecido, 43.368 dentro de estabelecimentos em funcionamento, 14.598 em estruturas improvisadas em logradouro público, exceto tenda ou barraca, 17.268 em estruturas não residenciais degradadas ou inacabadas, e 1.875 em veículos, como carros, caminhões, trailers e barcos.

Em Minas são 4.235 em tendas, 4.073 em estabelecimentos em funcionamento, 457 em logradouro público, 770 em estruturas não residenciais degradadas ou inacabadas, e 132 em veículos.