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Partidas com torcida apenas de mulheres e crianças se consolidam

6 de fevereiro de 2024

Jogos com punição de torcida aumentam no futebol brasileiro./ Foto: Reprodução.

Bianca Simionato

PASSOS – Os estádios de futebol brasileiros têm sido palco de episódios de violência, agressões e invasões por parte das torcidas. Como consequência diversos times têm sofrido punições pelo STJD, como a de contar apenas com mulheres, crianças e pessoas com deficiência (PCDs) nas arquibancadas. Em vez de portões fechados, os estádios de futebol abrem as portas apenas para esse público minoritário.

Neste ano já tivemos dois casos. Pela 3ª rodada do Gauchão, dia 27 de janeiro, o Internacional recebeu o Ypiranga em casa e contou apenas com a torcida de mulheres, crianças e PCDs, por conta da briga da torcida no final do Gaúcho do ano passado. No total foram 12 mil torcedores. O Inter venceu o jogo por 3 x 0.

No mesmo dia, o Athletico-PR enfrentou o Galo Maringá pela 4ª rodada do Campeonato Paranaense sob as mesmas condições. O Furacão venceu a partida por 2 x 1, e mesmo com a torcida limitada encheu a arena com 33 mil torcedores que fizeram uma grande festa.

Em 2023 tivemos mais dois jogos. Trata-se de Coritiba e Aruko no dia 15 de janeiro, por conta de brigas entre as torcidas do Coritiba e Athletico-PR no ano anterior. Foram 8.871 vozes, o melhor público da rodada de estreia do Campeonato Paranaense. E Sport e Botafogo-SP no dia 20 de maio pela série B do Brasileiro, cumprindo punição por invasão da torcida na série B de 2022 contra o Vasco. A Ilha do Retiro recebeu um público diferenciado de 18.233 pessoas.

O primeiro jogo com este tipo de punição aconteceu em 2011, pelo Campeonato Turco. O Fenerbahce jogou contra o Manisaspor. O Fener cumpria punição devido a brigas de torcida no jogo anterior. Foi a primeira vez que, em vez de fecharem os portões, restringiram apenas para mulheres e crianças. Cerca de 46 mil torcedores lotaram o estádio.