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Paraíso exporta 27,7 mil toneladas de café e atinge receita de US$ 101,5 mi

5 de agosto de 2024

RECEITA TEVE ALTA DE 42% E VOLUME EXPORTADO DE CAFÉ SUBIU 31% EM SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO NO PRIMEIRO SEMESTRE DESTE ANO / Foto: Reprodução

PASSOS – A receita com exportações de café em São Sebastião do Paraíso cresceu 42% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2023. Na região, o aumento foi um pouco acima dos 31%, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Entre janeiro e junho deste ano, Paraíso exportou 27,7 mil toneladas de café, o que gerou US$ 101,5 milhões. No primeiro semestre de 2023, o município enviou 20,3 mil toneladas do produto para outros países e obteve receita de US$ 71,4 milhões.

Este é o segundo melhor desempenho de Paraíso no mercado externo desde 2021 para o período, atrás somente do primeiro semestre de 2022, quando exportou 30,7 mil toneladas e faturou US$ 124,3 milhões.

Na região, as exportações de café atingiram 36,7 mil toneladas nos primeiros seis meses deste ano, com receitas de US$ 137,8 milhões. Paraíso responde por pouco mais de 75% das remessas e por cerca de 73% das receitas na região.

Entre os três maiores exportadores de café na região, Ibiraci aparece na segunda posição do ranking no primeiro semestre de 2024, com venda de 4,7 mil toneladas e receita de US$ 19,4 milhões, à frente de Piumhi, que enviou 3,9 mil toneladas e obteve US$ 15,1 milhões em receitas.

Em 2023, Piumhi ocupava a segunda posição no ranking de exportações de café no primeiro semestre, com 5,3 mil toneladas e receita de US$ 21,3 milhões.

Desde 2021, Ibiraci quase quintuplicou a participação nas exportações de café no primeiro semestre, passando de 998,7 toneladas para 4,73 mil toneladas. As receitas subiram de US$ 2,8 milhões para US$ 19,4 milhões no período.

Brasil atinge volume histórico de 47,3 milhões de sacas exportadas

BRASÍLIA – A exportação brasileira de café alcançou o volume histórico de 47,3 milhões de sacas de 60 quilos no ano safra 2023/24, o que implica alta de 32,7% na comparação com os 35,632 milhões apurados de julho de 2022 a junho de 2023.

O montante atual, embarcado para 120 países, também representa crescimento de 3,6% sobre o recorde anterior, de 45,675 milhões de sacas no ciclo 2020/21. Os dados fazem parte do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) referente ao mês de junho.

Também foi registrado um incremento de 20,7% na receita cambial obtida com os embarques realizados nos últimos 12 meses encerrados em junho passado. O valor saltou de US$ 8,142 bilhões, na temporada 2022/23, para os atuais US$ 9,826 bilhões. Essa cifra é a maior na história do levantamento das exportações brasileiras de café, iniciado em 1990.

O desempenho foi atingido com os 3,573 milhões de sacas remetidos ao exterior pelo país em junho, o maior montante registrado para este mês em cada ano, e os US$ 851,4 milhões em receita, também recorde para os meses de junho.

Os embarques dos cafés do Brasil no acumulado do primeiro semestre de 2024 somaram 24,286 milhões de sacas, gerando US$ 5,331 bilhões, níveis que implicam incrementos, respectivamente, de 49,6% e 50%, aferindo, da mesma forma, performances históricas para esse intervalo de seis meses.

De acordo com o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, o resultado alcançado pelas exportações brasileiras reflete contextos díspares do mercado cafeeiro, envolvendo menor disponibilidade de outras origens produtoras, mas, também, a continuidade de intensos problemas na logística.

“Do lado bom, o Brasil, com uma safra melhor, após dois ciclos de colheita menor, ampliou seu market share no comércio global, ocupando espaços deixados por oferta reduzida de outros produtores, como Indonésia e Vietnã, principalmente com o conilon e o robusta nacionais”, aponta.

Ele ressalta que outro ponto positivo é a receita cambial recorde, que reflete bons momentos de alta no mercado internacional ao longo da safra 2023/24. “Os cafés arábica e canéforas (robusta + conilon), assim como o produto solúvel, tiveram suas maiores receitas cambiais da história, o que possibilitou o recorde na entrada de divisas ao país, uma leve amenizada dos altos custos no fluxo de caixa dos exportadores e, principalmente, repasses significativos do valor (Free on Board) FOB aos produtores, a uma média de 85%”, comenta.