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Paraisense comemora 105 anos de história com jogo amistoso

4 de março de 2024

TIME BRANCO VENCEU O DE CAMISAS VERDES POR 4 x 1, COM DOIS GOLS DE CAMBOLA, QUE AINDA RESIDE EM PARAÍSO./ Foto: Divulgação.

Ézio Santos

S. S. PARAÍSO – A Associação Atlética Paraisense, de São Sebastião do Paraíso, comemora nesta terça-feira, 5, o aniversário de 105 anos de fundação. No último sábado, 2, a diretoria do clube promoveu um encontro com ex-jogadores que vestiram a camisa da Verdona no final do século passado, para um jogo festivo no estádio Comendador João Alves de Figueiredo.

Antes da atração principal, as equipes sub-12 e 14 da Paraisense enfrentaram o Nova Geração, e acabaram sendo derrotadas por 4 x 2 e 8 x 0, respectivamente. Em seguida, entraram no gramado os times com camisas das cores branca e verde. Os organizadores optaram por escalar os ex-atletas de forma equilibrada conforme, principalmente, a condição física de cada um. Muitos foram apenas para atender o convite da diretoria, porque já encerraram a carreira em definitivo.

O time vencedor por 4 x 1, de uniforme branco, atuou com: Paulão (goleiro), Gilberto, Elton, Emerson Capati, Josmar, Douglas, Biju, Timbete (1 gol), Cambola (dois), Luiz Carlos Açucareira, Gilbertinho, Pintinho (1), Marcos Gorila e Telo. A equipe verde perdeu e atuou com Banana (goleiro), Juninho, Carlão, Fernando, Adenilson, Pinherinho, Ederval, Ariovaldo, Rodrigo, Dácio, Tales, Agnaldo, Lô, Gasolina, Tiago (1), Adeilton, Paraná, Maurílio, Paulo Roberto, Marcelinho Jachero, Pio Eugênio, Fuschilo e Sérgio Vilela.

Muitos desses jogadores também passaram pelo Clube Esportivo de Futebol (CEF), dentre eles, Paulão, Maurílio, Elton, Luiz Carlos, Maurílio, Telo e Dácio. “Foi emocionante rever excelentes profissionais nas décadas de 80 e 90, quando a Paraisense e Esportivo tinham uma rivalidade esportiva saudável dentro e fora de campo. Marcaram presenças os ex-massagistas Zé Macedo, Cidão e Domingão. A saudade será eterna”, afirmou o atual presidente, Agnaldo Coelho, de 50 anos, funcionário do Laticínios Aviação e com mandato no clube por dois anos, que vence em junho.

A Paraisense está fora dos campeonatos promovidos pela Federação Mineira de Futebol (FMF) desde o início dos anos 2000. Recentemente a atual diretoria tentou disputar o estadual das categorias de base, mas não conseguiu pagar uma taxa no valor de R$ 200 mil para a federação. Por conta da inatividade de 10 anos, o clube tem uma dívida em torno de R$ 70 mil.

“Foi e é inviável nos dias de hoje. Não tem como arrecadar a quantia para ao menos ter direito ao alvará de funcionamento, sem contar com as despesas de formação da equipe, salários, taxas e muitos outros gastos. Para começar o nosso estádio não é aprovado para jogos oficiais, porém aos poucos estamos, com doações e a união da diretoria, estamos trabalhando para deixar o Comendador João Alves em condições da aprovação pela FMF. O jeito é focar na escolinha de base, os times quarentão e cinquentão, e torcer para uma que tenhamos uma solução nos próximos anos”, frisou Agnaldo.

Passos

Dois clubes de Passos já disputaram a Segunda Divisão e o Módulo II do Campeonato Mineiro: o Passos Futebol Clube e o Clube Esportivo Passense (CEF). O único que está em dia com a FMF é o Passos FC, com a presidência de Virginio Leopoldino. O clube só não voltou a disputar a Segundona por falta de estádio. Inclusive, foi campeão do torneio em 1998, mas desistiu de participar da divisão de elite no ano seguinte por falta de recursos financeiros. A vaga ficou com o vice, Ipatinga FC.

Já o CEF foi campeão da Segundona em 1985 e permaneceu na primeira divisão do futebol mineiro até 1991. Foi vice-campeão brasileiro da Série C em 1988, e no ano seguinte disputou a Série B, mas não passou da primeira fase. A partir de 1992 o Verdão de Passos iniciou uma crise financeira e nunca mais voltou, ao menos, no Módulo II. Está há anos inativo e endividado perante a FMF.