BRASÍLIA – O Papa Francisco planeja aparecer neste domingo, 23, na janela do Hospital Gemelli, em Roma, para fazer uma saudação aos fiéis, informou o Vaticano.

Esta será a primeira aparição desde que Francisco foi internado, no dia 14 de fevereiro, para tratar de uma pneumonia dupla.

A aparição está prevista para as 12h, quando o papa deverá fazer uma benção da janela do seu quarto. A Santa Sé informa ainda que divulgará o texto do Angelus, oração que relembra aos católicos o momento da anunciação da concepção de Jesus Cristo, para celebração do momento.

Na última sexta-feira, 21, o Vaticano informou que a condição de saúde do Papa Francisco permanece estável, com pequenos progressos do ponto de vista respiratório e motor.
“À noite, o Papa não usa mais ventilação mecânica com máscara, mas oxigenação de alto fluxo com cânulas nasais e, durante o dia, usa cada vez menos os altos fluxos. Os médicos ainda não deram uma indicação de quando ele receberá alta do hospital. O Papa passa os dias entre tratamentos, orações e um pouco de atividade de trabalho. E não recebeu visitas”, disse a Santa Sé que deve divulgar o próximo boletim médico na segunda-feira, 24.

O Papa Francisco, de 88 anos, está internado há cinco semanas devido a uma pneumonia dupla. Durante esse período, o Vaticano divulgou apenas um breve áudio de sua voz, em 6 de março, no qual ele soava fraco, sem fôlego e de difícil compreensão.

Na atualização mais recente sobre sua saúde, divulgada nesta sexta-feira, 21, o Vaticano informou que seu estado permanece estável, com “pequenas melhorias na respiração e na mobilidade”.

Desde segunda-feira, o papa não utiliza ventilação mecânica à noite, mas continua recebendo oxigênio por meio de uma pequena mangueira nasal durante grande parte do tempo.

Ainda não há uma previsão oficial para alta, e o cardeal Víctor Manuel Fernández afirmou à agência Reuters não saber se ele poderá retornar ao Vaticano antes da Páscoa, no dia 20 de abril.

Segundo o cardeal, os médicos querem garantir a recuperação completa antes de liberar o papa. “Ele poderia voltar, mas os médicos querem ter 100% de certeza, porque ele acredita que, com o tempo que lhe resta, quer se dedicar inteiramente aos outros, não a si mesmo”, disse Fernández à agência.

Quando questionado pela Reuters sobre uma possível renúncia do Papa Francisco, Fernández foi categórico: “Eu realmente acredito que não.”

Nos últimos anos, o papa enfrentou diversos problemas de saúde e é mais suscetível a infecções pulmonares, pois teve pleurisia na juventude e precisou remover parte de um pulmão.