GILBERTO ALMEIDA
A fogueira dos Egos
Na fogueira dos egos, o fogo consome a sabedoria, a empatia e a humildade, deixando apenas cinzas vazias de conexão humana.” – Autor desconhecido
O excesso de autoconfiança pode ser um traço de personalidade que, embora pareça positivo à primeira vista, traz consigo uma série de riscos e desafios. A autoconfiança é importante para o desenvolvimento pessoal e profissional, pois nos ajuda a enfrentar desafios, superar obstáculos e alcançar nossos objetivos. No entanto, quando essa autoconfiança ultrapassa limites saudáveis, pode se tornar prejudicial em várias áreas da vida.
Um dos principais riscos do excesso de autoconfiança é a tendência a subestimar os riscos e as possibilidades de falha. Pessoas confiantes e confiantes podem se tornar imprudentes e agir sem considerar as consequências de suas ações. Elas podem ignorar feedbacks construtivos, tomar decisões impulsivas e não avaliar os desafios que enfrentam. Isso pode levar a resultados negativos, tanto em nível pessoal quanto profissional.
Além disso, a autoconfiança excessiva pode prejudicar a capacidade de aprendizado e crescimento. Pessoas confiantes demais tendem a acreditar que já sabem tudo o que precisam saber e, portanto, deixam de buscar novos conhecimentos e experiências.
Elas podem resistir a ouvir opiniões divergentes, fechar-se para novas perspectivas e ficar estagnadas em sua zona de conforto. Isso limita seu potencial de crescimento e impede que eles aproveitem oportunidades de aprendizado e desenvolvimento pessoal.
Por fim, o excesso de autoconfiança também pode levar à falta de autocrítica e autorreflexão. Pessoas confiantes demais podem ter dificuldade em reconhecer seus erros e falhas, atribuindo-os a fatores externos ou ignorando-os completamente. Isso limita sua capacidade de aprender com os erros e corrigir seus comportamentos, o que pode levar a repetições de padrões negativos e dificuldades em lidar com desafios futuros.
Faço essas considerações para transportá-las para os cenários da política que evidentemente começa com o governo federal. O atual presidente da república, único a assumir por 3 vezes este cargo, parece ter sido mordido pela mosca azul e usado e abusado de cometer erros primários especialmente quando usa a palavra.
Aquele que era um habilidoso comunicador, transformou-se em um odiento orador que, ao assumir a santidade de Dom Luiz Silva, se julgou no direito de falar Ex cátedra, reservado aos sumos pontífices quando não podem ser contestados porque falam em nome de Deus.
Para justificar este fenômeno que acomete nosso primeiro mandatário, temos a acolhida com honrarias ao ditador sanguinário, torturador, narcotraficante e anti democrático que se elegeu e destruiu a Venezuela, graças a sua tirania reprimindo a oposição prendendo exilando e até mesmo assassinando seus adversários.
Pois bem, Dom Luiz Silva, julgando que todos obedeceremos suas ordens, declarou sob cima de festa que dedicou a Maduro, que a situação da Venezuela é mera narrativa criada. Sinceramente, se o presidente Lula não estiver variando com demência senil, acredito que sua autossuficiência extrapolou todos os limites provocando uma reação negativa do mundo inteiro. Relacionar com outro país é muito diferente de entoar loas a um ser humano e político tão desprezível quanto Nicolas Maduro.
No âmbito estadual, o governador Zema além do verdadeiro sestro de criticar seu antecessor e anunciar uma redenção econômica às custas de uma tragédia, parece não ter percebido que sua reeleição foi retumbante exatamente porque rechaçou do governo velhas raposas sanguessugas da velha política.
Mesmo sabendo que precisaria de ter uma melhor relação com o Legislativo, jamais alguém poderia imaginar uma guinada tão forte ao nomear para a casa civil o ex deputado Marcelo Aro, que certamente terá muita dificuldade de harmonizar com seus colegas de governo pelas diferenças brutais de estilo, exatamente no momento que o estado discute privatizações de CEMIG, COPASA entre outras.
Precisa saber o governador, que se reeleger não significa que poderá atuar de forma diferente ao primeiro governo que lhe garantiu aprovação. Sua reeleição não foi fruto personalista do ser humano Zema, mas sim de um governo que o mineiro gostou e por isso mesmo deseja que continue na mesma direção.
Já em Passos o quadro não altera muito. Como era temor de muitos, a conquista da Heineken é tratada como a flecha de prata para a reeleição, ficando aspectos prioritários e até mesmo o programa de governo registrado na justiça eleitoral sendo quase que abandonado e virando letra morta.
Na fogueira dos egos, Sua Excelência o Senhor Doutor Prefeito Diego Rodrigo de Oliveira se satisfaz com lives que variam desde subir em uma corda, correr atrás de porcos, andar de Limusine ou descer ladeira abaixo em um velotrol, se achando o verdadeiro personagem de uma comédia, além de um vídeo esdrúxulo que em minha opinião beira a homofobia.
Sinceramente não acredito que a atuação de Sua Excelência seja aconselhada por um profissional de marketing, porque além do extremo mau gosto, na opinião deste parvo articulista, estão usando um procedimento escalafobético para desviar de temas que não se resolvem como as novelas das obras prolongadas, a saúde em pânico e as ruas da cidade em pandarecos.
Se ainda há tempo ou não de recuperar a seriedade e uma mínima liturgia do cargo maior da cidade eu não sei, mas tenho certeza que toda a cidade agradeceria.
GILBERTO BATISTA DE ALMEIDA é engenheiro eletricista e ex-político, escreve quinzenalmente às quintas nesta coluna