A vida segundo ela própria

Para quem tem dúvida se é possível viver a vida em meio a tantas angústias e problemas existenciais, a singela mensagem. É possível, sim. Desde que não torne a vida mais chata e problemática do que naturalmente é. Vão questionar se existe alguma mágica para se viver bem num campo de eternas batalhas, já que para muitos a vida ‘tá osso’.
Com certeza, mágica não há. Dicas podem ser aviadas, implementadas e levadas em conta. Licença ao pleonasmo: começando pelo começo. Por acaso existe como fugir de contendas, doenças, intrigas, críticas, conflitos, desajustes emocionais, escândalos, entre chatices tantas do dia santo de cada dia? Por certo que não.
Melhor assim é não lutar contra a correnteza. Dessas de cinco braçadas à frente e dez pra trás, o que não é nem um pouco interessante.
Viver o simples, o frugal, fugir de atritos e do apego a bens materiais, desviar-se de turbulências, evitar comparações grosseiras e pejorativas. E de recordações desagradáveis do passado, pelo amor de Deus, o máximo de distância. Passou é passado!
E a dúvida vai persistir. Em vivendo assim, ao estilo sustentabilidade tabajara, os problemas vão deixar de existir e sumir e atingiríamos o ápice da vida plena, a glória, o sucesso, o que muitos chamam de felicidade?
Devagar com o andor. Por óbvio que não se pode cravar alto grau de certeza. Mas existe algo que pode servir para o elixir da boa causa e boa convivência: evitar falar do próximo. Prudência! E não queira ao outro senão o bem. Muito a ver com o segundo mandamento bíblico. Na ciência do bom aproveitamento, em obediência cíclica: “O que desejar ao próximo voltará para você”. O primeiro mandamento é meu, não abro mão, fico com Ele!
Para quem não entendeu o recado, aprenda com a natureza, com as flores, com o verde dos campos e florestas, com o ar puro – a terra dá mostras e sinal – com os animais e outros seres vivos. É muito simples.
Em resumo, não desejar mal a ninguém. O efeito bumerangue ou lei do retorno da qual os antigos falavam tanto existe e é fatal. Volta para cobrança efetiva e eficaz. Não necessariamente para receber o mesmo que emitiu, mas energia equivalente à quantidade que emanou e deu. Ou pensam que nossas ações não trazem consequências e devemos ser responsáveis por elas?
Permitir-se ser feliz pela vida que tem já é um grande negócio. Na evidência do espetáculo, alguém lá em cima torce por mim, por você e para quem busca ser feliz do jeito certo, cumprindo normas. Enquanto existir uma única estrela no firmamento haverá esperança.
E por último acreditar no bem que a gente aspira, deseja e quer. E o bem virá na consequência real do magnetismo espiritual.
Num renovado ato de fé e esperança, aquilo que ardentemente desejamos pode acontecer. E que fique estampado na clareza íntima de cada pessoa. Sem o instrumento da luta e suor, não vamos a nenhum lugar. Fatores importantes e reveladores: “Superação e crescimento sem dor”, nada feito.
Podem perguntar por que motivo não uso este espaço para falar em política. A resposta é simples. Hoje não. A política partidária passou. Odeio “fake news” (notícias fabricadas). Muitas por aí atropelando e machucando, até matando. E assim como futebol e religião, política não se discute. E outra: o povo quer honestidade na política. No entanto, as pessoas não estão sendo honestas com o próximo. Por isso, por que não estabelecer um mínimo de decência comportamental e usar de palavras suaves e amenas para o bem da saúde, do emocional e da paz? Não é garantia de primeiro lugar na parada musical de sucessos, mas é um bom começo.
Em sendo assim, boa sorte a todos e semana de vitória!
PS: O passense Celso Faria completa 30 anos de carreira como violonista clássico. Multifacetado na arte e cultura, é especialista em Música Brasileira. Firmou-se no cenário artístico por meio de muita garra, persistência e talento.
Com entrada franca, no dia 26 próximo, às 20h, fará um concerto de violão solo no Anfiteatro da Casa da Cultura de Passos, com participação especial da bailarina Nathany França.
Celso Faria é outro que muito enobrece a cultura nacional e nossa gente.