C. R. CLARO – Seis pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira durante a operação Ponte Torta, deflagrada pela Promotoria de Justiça de Carmo do Rio Claro e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), regional de Passos, com apoio das polícias Civil e Militar.
A ação foi realizada após investigação sobre uma organização criminosa que atuava em roubos de automóveis e de propriedades rurais no Carmo e em outras cidades da região. Quatro das seis prisões foram feitas no Carmo, uma em Piumhi e uma em Alterosa. As investigações vêm sendo feitas desde 2023.
Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, sendo que um dos alvos já se encontra preso, e seis de busca e apreensão. De acordo com informações do Ministério Público, participaram da operação dois promotores de Justiça, 29 policiais militares, 11 viaturas e uma aeronave.
Segundo o promotor de Carmo do Rio Claro Cristiano Cassiolato, que comandou a operação, os acusados praticavam assaltos em rodovias, como na saída da Ponte da Torta, e costumavam agir com graves ameaças, crueldade e, em alguns casos, com reféns e até tortura.
Fonte que deu nome à operação, a Ponte Torta era um dos locais usados pelos criminosos para a prática de assaltos. Devido à necessidade de diminuir a velocidade dos veículos por conta de redutores na pista, o local funcionava como uma espécie de local de emboscada, onde os assaltantes ficavam a espera para abordar as vítimas.
“Na rodovia, eram abordagens a condutores que, necessariamente, precisavam reduzir a velocidade de tráfego ao cruzar a ponte. Ali já havia um local, onde eles se encontravam e aguardavam as vítimas. A partir daí, faziam-se as abordagens, tão logo se cruzava a ponte…eles eram cercados, rendidos, os veículos eram roubados e essas pessoas submetidas a gravíssimas ameaças”, disse o promotor durante entrevista coletiva realizada após a operação.
Além dos crimes na rodovia BR-265, a operação também tinha como objetivo combater roubos em propriedades rurais. “A partir daí, foi desenvolvido o trabalho investigativo, que demandou a oitiva de diversas pessoas, e demandou quebra de sigilo, com autorização judicial, e também diversos passos que retrataram a posição dos alvos no momento de cada um dos crimes. Tivemos o apoio inestimável da Polícia Militar, da Polícia Civil e, a partir daí, então, ao longo de 2023, coletamos todos os elementos necessários para o processo penal e a deflagração da operação que foi realizada”, disse o promotor Cassiolato durante a entrevista coletiva.
Ainda de acordo com o promotor, os criminosos selecionavam os alvos que seriam vítimas de assaltos em propriedades rurais e agiam com violência. “Eram alvos cuidadosamente selecionados, eram alvos estudados”, afirma. Segundo ele, nas invasões às propriedades, as vítimas eram mantidas como reféns e, em determinadas situações, os criminosos chegavam a praticar tortura contra elas.
De acordo com informações do MPMG, o material apreendido será encaminhado à Polícia Militar em Carmo do Rio Claro e, posteriormente, ao Gaeco de Passos.