S.S. PARAÍSO – Trinta e nove pessoas acusadas de envolvimento com tráfico de drogas e outros crimes foram presas nesta quarta-feira,17, em São Sebastião do Paraíso durante operação da Polícia Militar e Ministério Públcio.
A megaoperação denominada “Entre Muros” foi realizada por meio do 43º Batalhão de Polícia Militar (43º BPM) e da Diretoria de Inteligência (DINT), em conjunto com o MPMG e teve participaçaõ de cerca de 250 policiais. Na ação, foram apreendidas drogas, celulares e dinheiro de criminosos e suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa com sede no estado de São Paulo.
A operação começou na madrugada, quando os policiais e demais autoridades se reuniram para as instruções que seriam desenvolvidas em campo para o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
O trabalho prático teve início por volta das 4h, quando várias ruas foram tomadas na região do bairro Jardim Itamarati. Foram mobilizadas dezenas de viaturas, além da atuação do helicóptero da Polícia Militar, juntamente com a atuação do do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A base de controle foi estabelecida na Arena Olímpica, sendo que o campo de futebol que fica ao lado foi usado para pousos e decolagens da aeronave.
Foram reunidos policiais de diferentes localidades da 18ª Região da Polícia Militar como o 12º BPM de Passos, 29º BPM de Poços de Caldas e o 64º BPM de Alfenas. Participaram ainda policiais ligados ao comando de missões especiais, batalhão de choque, Rotam, Cavalaria, Meio Ambiente, Rodoviário e Aéreo.
Ainda pela manhã, foi realizada uma entrevista coletiva quando o promotor Marcos Pierucci Freitas falou sobre a organização do trabalho.
“A apuração vem sendo realizada há cerca de um ano, com envolvimento de autoridades policiais e judiciárias que resultou na montagem desta megaoperação para o combate ao tráfico”, disse.
Ele destacou que o trabalho tinha como alvo pessoas ligadas e envolvidas com uma organização criminosa do estado de São Paulo. “Havia pessoas inclusive de dentro do presídio que estavam atuando, envolvendo esposa, mãe e outros familiares e demais pessoas nas ações criminosas”, destaca.
De acordo com a major PM Layla Brunela, assessora de comunicação da PMMG, que participou da operação, o trabalho envolveu o serviço de inteligência com realização de interceptações e escutas telefônicas autorizadas pela justiça.
“Foram expedidos mandados de busca e apreensões para 54 alvos e cerca de 90% deles foram cumpridos com êxito”, destaca. Ela citou que até mesmo uma pessoa em São Paulo, tida como fornecedor de material para o tráfico e integrante da referida facção foi alvo da operação.
No início da tarde, a PM apresentou o balanço da operação. Foram expedidos 54 mandados de busca e apreensão para serem cumpridos. Além de São Sebastião do Paraíso, as ações também se estenderam para cidades como Monte Santo de Minas, Itaú de Minas, Pratápolis, Nepomuceno e São Paulo.
O trabalho resultou na prisão de 39 pessoas sendo que uma delas em que não havia mandado, o registro foi motivado pelo flagrante. “Contra estas pessoas já havia 200 inquéritos judiciais e cerca de 290 passagens pela polícia”, enfatiza o promotor.
Ao longo da Entre Muros, também foram aprendidos 30 aparelhos celulares, drogas diversas, aproximadamente R$ 2.500,00 em dinheiro, dois cadernos de anotações, três balanças de precisão e material de dolagem durante cumprimento de 36 mandados de busca e apreensão.
Os presos foram ouvidos na delegacia regional de Polícia Civil e encaminhados ao presídio local. Durante os trabalhos pela manhã formou-se uma grande multidão de familiares na delegacia e que também reuniu inúmeros curiosos para acompanharem a movimentação.
Ainda de acordo com o Tenente Coronel Fabio Assis Chiaradia Araújo Silva, comandante do 43º Batalhão da Polícia Militar, o trabalho de combate ao tráfico vai continuar intensamente. “Paraíso está na chamada rota caipira do tráfico e estamos atentos as movimentações, as operações vão continuar no sentido de coibir a marginalidade e a criminalidade que envolve outras modalidades de crime”, completou.