Carlos Renato

PASSOS – O médico Pedro Henrique Maia, oncologista cooperado da Unimed Sudoeste de Minas de Passos, lembra que neste mês é celebrado o “Novembro Azul”, que reforça a conscientização ao câncer de próstata.

Para ele, essa data é essencial para desmistificar a doença e incentivar os homens a cuidarem da saúde. “É um momento dedicado à conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, o que aumenta significativamente as chances de cura. Além disso, a campanha aborda a prevenção e promove a quebra de tabus sobre os exames necessários”, destaca.

Segundo o oncologista, essa atenção especial é necessária, tendo em vista, que esse tipo de câncer é um dos mais incidente no Brasil. “O câncer de próstata tem alta incidência devido a uma combinação de fatores, como o envelhecimento, sendo mais comum em homens acima de 50 anos, histórico familiar, fatores genéticos, alimentação rica em gorduras e o sedentarismo”, explica.

De acordo com o profissional, os homens geralmente vão menos vezes a uma consulta médica, aliado ao tabu acerca dos exames na próstata.

“A falta de informação e o preconceito são grandes barreiras. Muitos homens deixam de fazer exames por medo ou vergonha, o que pode levar ao diagnóstico tardio, quando a doença já está avançada”, ressalta.

“Campanhas como o ‘Novembro Azul’ são uma solução que reforçam a importância dos exames e do acompanhamento médico regular. Também é essencial que a família e amigos incentivem os homens a se cuidarem”, reforça Pedro.

Diagnóstico

Segundo esclarece o oncologista, o câncer de próstata se forma quando células anormais se desenvolvem no órgão e começam a crescer descontroladamente.

“Nos estágios iniciais, pode ser assintomático, mas, em fases mais avançadas, pode causar dificuldade para urinar, jato urinário fino, sangue na urina, dores na região pélvica e, em casos mais avançados, dores ósseas”.

Conforme explica o médico, esse tipo de câncer é dividido em estágios. “Estágio ‘localizado’ é confinado à próstata. Já o ‘localmente avançado’ começa a invadir tecidos próximos ao órgão. Por fim, o estágio avançado espalha-se para outras partes do corpo, como ossos e linfonodos”.

Conforme alerta o profissional, o que pode levar à morte é a progressão da doença sem tratamento adequado, especialmente em casos avançados, que podem causar complicações graves, como insuficiência renal, dores intensas e comprometimento de órgãos vitais.

Tratamento

Segundo o médico, os exames mais comuns incluem o Antígeno Prostático Específico (PSA): exame de sangue que detecta alterações nos níveis dessa proteína produzida pela próstata; toque retal: avalia o tamanho, forma e textura da próstata.

“A recomendação geral é que homens com fatores de risco, como histórico familiar, iniciem os exames preventivos aos 45 anos. Para os demais, é indicado a partir dos 50 anos. Porém, em casos de sintomas ou suspeitas, é fundamental procurar um médico independentemente da idade”, explica.

Conforme destaca o oncologista, os tratamentos variam conforme o estágio da doença. “Se estiver no estágio localizado, o indicado é a cirurgia de prostatectomia, radioterapia, ou vigilância ativa para casos de baixo risco. Se já estiver em estágio avançado, pode ser utilizado a terapia hormonal, quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia paliativa.

Após o tratamento, conforme orienta o médico, é importante manter o acompanhamento regular com o oncologista e o urologista. “Além de adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada rica em frutas, vegetais e alimentos ricos em ômega-3, realizar atividade física regular e evitar tabagismo e consumo de álcool”, adverte Pedro.

“O câncer de próstata tem altas chances de cura quando diagnosticado precocemente, reforçando a importância dos exames preventivos. Além disso, a Unimed Sudoeste de Minas está disponível para oferecer suporte integral e promover ações de prevenção e conscientização”, enfatiza.