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Nunca foi patriotismo, as máscaras caíram!

As máscaras caíram de vez e revelaram as torpes mentes dos traidores da pátria. A verdade veio à tona: a família Bolsonaro odeia o Brasil e é grande ameaça a nossa soberania. Mais claro é impossível, como ficou demonstrado com a explícita manobra de um dos traidores da pátria, hoje refugiado nos EUA. Sim é ele mesmo o Eduardo Bolsonaro, tal qual um Joaquim Silvério dos Reis o traidor dos Inconfidentes!

O nefasto deputado federal, tal qual um garoto mimado, foi implorar ao presidente Trump para tomar uma atitude contra o povo brasileiro. O grave ataque à soberania brasileira foi disparado por Donald Trump na semana passada, quando publicou uma carta em rede social, um bestiário recheado de fake news com demonstração de desrespeito às nossas instituições. E o pior de tudo, o fato de tal agressão ao Brasil vir de carona como “solidariedade” ao golpista mor, em fase final de julgamento no STF, Jair Bolsonaro.

Mas, engana-se quem pensa que Mr. Trump está agredindo o Brasil motivado apenas por solidariedade aos golpistas. Ao interferir em assunto interno do Brasil, Mr. Trump uniu o inútil ao desagradável. Explico: trata-se de falácias da louca política externa de Mr. Trump em tornar os EUA como o grande líder mundial ao estilo do tempo da Guerra Fria. O mundo mudou, não há mais espaço para unilateralismo, hoje impera o multilateralismo.

Atualmente, do Oriente ao Ocidente, o mundo apresenta vários blocos políticos e econômicos, a saber: União Europeia (UE), Mercado Comum do Sul (Mercosul), Tratado entre Estados Unidos, México e Canadá (USMCA), Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), BRICS e Comunidade dos Estados Independentes (CEI). E por incrível que possa parecer o que mais tem incomodado o Mr. Trump são os Brics, devido à forte influência deste Bloco na América do Sul.

Daí o ataque direto aos Brics, que acabaram de realizar uma cúpula no Rio de Janeiro muito produtiva, com importantes resoluções em temas como o multilateralismo. Como os EUA ainda detêm o maior mercado mundial, atrelado com o dólar como a moeda mais forte, tornou-se sua arma letal de combater o mundo todo, inclusive seus aliados com tarifaços.

Neste turbulento contexto político e econômico mundial, sobrou para o Brasil a imposição de uma tarifa punitiva de 50% sobre produtos brasileiros, o cancelamento de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal e o apoio explícito ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Tal atitude que veio estremecer uma relação, podemos afirmar, de bons aliados comerciais desde o século passado, em que os EUA sempre levando vantagens na Balança comercial com bilionário superávit em dólares.

A gravidade desse precedente não está somente no fato da tarifa de 50%, até porque por mais ou por menos o Brasil não seria poupado. Se naturalizarmos a ideia de que um país pode aplicar sanções econômicas e diplomáticas com base em discordâncias sobre decisões judiciais internas de outro Estado soberano, abrimos um perigoso precedente para a erosão definitiva do princípio da soberania.

E no momento não há outro recurso senão apoiar o governo Lula na defesa das nossas instituições para garantia de nossa soberania. E aqui a pergunta que não quer calar: Cadê os valentões da direita e extrema direita com suas camisetas amarelas alardeando patriotismo com bandeiras de três nações enroladas nos corpos?

Patriotas de três nações? Ficou evidente quais as nações de suas preferências, pela ordem: os Estados Unidos da América e o Estado de Israel, imaginam todas as duas acima do Brasil.

E para encerrar cito uma das últimas bravatas do “patriota” Eduardo Bolsonaro: “Se houver um cenário de terra arrasada, pelo menos estarei vingado”, demonstrando seu enorme desprezo pelo Brasil, esperando que as medidas de Trump coloque o povo brasileiro de joelhos.

Não passarão!

Esdras Azaria de Campos é Professor de História.

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