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Número de transplantes cresce 9,66% em Minas no 1º semestre

Entre janeiro e junho deste ano foram realizados 1.124 transplantes no estado, com destaque para córneas e rins. FOTO: Reprodução

BRASÍLIA – Minas Gerais registrou um aumento 9,66% no número de transplantes realizados entre janeiro e junho deste ano na comparação com o 1º semestre de 2023. No país, o crescimento foi de 3,23%.

Segundo dados do Ministério da Saúde, os procedimentos em Minas subiram de 1.025 nos seis primeiros meses de 2023 para 1.124 no mesmo período deste ano, com destaque para córneas e rins. O aumento nos transplantes em Minas abrange órgãos como rim, coração, fígado e córnea.

Para incentivar a doação de órgãos, foi lançada a campanha ‘Setembro Verde’, com o objetivo de sensibilizar a população sobre o assunto. No país, o Sistema Único de Saúde (SUS) também registrou aumento de 3,23% na realização de transplantes. No primeiro semestre de 2023 foram 13.903 transplantes no Brasil e, no mesmo período deste ano, 14.352 procedimentos.

No total, 4.580 órgãos, além de 8.260 córneas e 1.512 medulas ósseas (classificadas como tecidos) foram doados nos primeiros seis meses de 2024 no Brasil. O aumento em relação a 2023 foi de 3,2%. Se considerarmos apenas os transplantes de órgãos sólidos, o crescimento foi de 4,2% neste primeiro semestre do ano.

De acordo com o ministério, o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é o maior programa público do mundo, responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes realizados no Brasil. Cerca de 88% do financiamento é custeado pelo SUS, que atualmente conta com 728 estabelecimentos habilitados para a realização de transplantes em todos os estados.

Para a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Patrícia Freire, o processo de doação-transplantes é complexo e precisa de ações que contemplem a diversidade e a heterogeneidade da população brasileira.

“Novos projetos estão em andamento para contemplar essa complexidade e fazer com que nos próximos dois anos o Brasil possa continuar se destacando no cenário mundial de transplantes”, afirma.

Avanços

Recentemente, o Programa Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Falência Intestinal foi instituído por meio de portaria. O objetivo é estabelecer diretrizes para a organização da linha de cuidado à pessoa com falência intestinal, no âmbito do SUS, de forma integral e intersetorial.

Segundo o ministério, a estratégia prevê, ainda, um financiamento para o programa, que inclui no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS procedimentos relacionados aos serviços de referência em tratamento do paciente com falência intestinal e procedimentos referentes à atenção à saúde das pessoas nessa condição.

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