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Número de óbitos sobe para 20 e casos prováveis superam 17 mil

Foto: Reprodução.

PASSOS – Com mais um óbito em investigação por conta da dengue em Cássia e a primeira morte suspeita em Nova Resende, a região atingiu 20 registros em 2024. Nos últimos três dias, o número de mortes em investigação subiu de 14 para 20 e as notificações de casos prováveis da doença aumentaram 989.

De acordo com dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), a região atingiu, nesta sexta-feira, 17.368 casos prováveis de dengue, sendo 6.822 deles já confirmados.

Passos, com seis mortes em investigação, também é o município com maior número de casos suspeitos (6.538) e de casos confirmados (2.497), seguido por Piumhi, que tem quatro óbitos em investigação, 2.612 casos prováveis e 759 confirmações da doença. Carmo do Rio Claro, Cássia e Pimenta têm dois óbitos em investigação, cada. Capetinga, itamogi, Monte Santo de Minas e Nova Resende têm uma morte com suspeita da doença, cada.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o número de casos prováveis está 71,57% mais alto em 2024. Em 2023, a região teve o ano mais letal da dengue, com 29.420 casos prováveis e 36 mortes confirmadas.

Brasil supera 2 milhões de casos prováveis de dengue

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde contabiliza mais de 2 milhões de casos de dengue no Brasil em 2024. Do total de 2.010.896 casos prováveis, 682 resultaram em morte – número que pode aumentar, uma vez que há ainda 1.042 óbitos em investigação. De acordo com balanço divulgado pelo ministério, o coeficiente de incidência da doença está em 990,3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Com 161.299 casos prováveis, o Distrito Federal é a unidade federativa com maior coeficiente de incidência (5.725,8). Em segundo lugar, está Minas Gerais, com coeficiente de incidência em 3.295; e 676.758 casos prováveis. Na sequência estão Espírito Santo (coeficiente em 1.982,5 e 75.997 casos prováveis; Paraná (coeficiente em 1.653,2 e 189.179 casos prováveis); e Goiás (coeficiente em 1.565,3 e 110.433 casos prováveis).

No Rio de Janeiro, o coeficiente de incidência está em 933,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Lá, já são 149.797 casos prováveis.

A unidade da federação com maior número de casos prováveis é São Paulo (379.222). O coeficiente registrado no estado, segundo o levantamento, é de 853,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Na quarta-feira, 20, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, destacou que os três primeiros meses de 2024 registram mais casos graves de dengue do que em todo o ano de 2023, quando foram contabilizados pouco mais de 1,6 milhão de casos. Naquele ano, a doença matou 1.094 pessoas. Há ainda 218 óbitos sob investigação.

Estamos tendo muito mais casos graves que no ano anterior”, disse, ao lembrar que, até então, na série histórica, 2023 havia sido o ano com maior número de casos graves da doença. “Temos muito mais pessoas chegando [com quadro] grave aos serviços de saúde. Esse é um importante ponto de alerta para nós”, acrescentou a secretária.

Na oportunidade, ela informou que o tempo médio entre o início dos sintomas e a notificação de caso de dengue é de quatro dias. O tempo médio entre o início dos sintomas e a internação também é de quatro dias. Já o tempo médio entre o início dos sintomas e o óbito é de seis dias, enquanto o tempo médio entre o início dos sintomas e os sinais de gravidade é de cinco dias.

O quarto dia tem sido um alerta de que as pessoas podem agravar [o quadro de saúde]. Então, um monitoramento que faça com que essa pessoa volte no quarto dia da doença pode salvar muitas vidas”, destacou Ethel Maciel.

 

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