Leonardo Natalino
PASSOS – No período de oito anos, entre 2015 e 2022, o número de natimortos caiu pela metade na região. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015 foram registrados 70 óbitos fetais, 35 a mais do que em 2022.
Natimorto, também conhecido como perda ou óbito fetal, refere-se à morte de um feto antes do parto, geralmente após 20 semanas de gestação, e pode ocorrer por complicações durante a gravidez, anomalias congênitas, problemas placentários, infecções ou traumas, por exemplo.
O diagnóstico é confirmado por meio de exames médicos, como ultrassonografia ou auscultação dos batimentos cardíacos do feto. Após o diagnóstico, os médicos trabalham com os pais para determinar a melhor maneira de proceder com o parto e oferecer suporte emocional.
Em 2015, Passos teve 41 óbitos fetais, o que representou 58,57% dos registros da região no período. Em 2022, a cidade teve seis ocorrências.
Mesmo com grande queda no período de oito anos, Passos teve aumento em 2022 em relação aos dois anos anteriores, que registraram quatro e três casos, respectivamente. Em relação a 2021, o aumento foi de 100%, passando de três para seis ocorrências.
O mesmo cenário ocorreu em São Sebastião do Paraíso, que teve o maior número de natimortos em 2022, com oito, seguido por Passos (seis) e Piumhi (cinco).
Entre 2021 e 2022, a região teve redução de apenas um óbito fetal e diminuição na quantidade de cidades que registraram o caso. Na última pesquisa, dos 23 municípios que participaram, 15 apresentaram mortes. No levantamento anterior, foram 18.
Minas Gerais e Brasil
No estado, em 2015, foram registrados 2.824 óbitos fetais, 17,38% a menos que em 2022, que teve 2.333. No país, o número passou de 26.654 em 2015 para 23.357 em 2022 (diferença de 12,36%).