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Número de mortes por dengue sobe para 7 na região, confirma secretaria

12 de abril de 2024

Já são 4 mortes confirmadas em Passos causadas pela dengue / Foto: Reprodução

PASSOS – O número de mortes por dengue na região em 2024, confirmadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), aumentou para sete e o de óbitos em investigação subiu para 27. Desde o início do ano, já são quatro mortes confirmadas em Passos, duas em Pimenta e uma em Piumhi.

Segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses da SES, atualizados até a última quarta-feira, 10, também foi registrado mais um óbito em investigação em Cássia, o nono no município neste ano, e a primeira ocorrência em Pratápolis.

Na quarta-feira, a região atingiu 26.756 casos prováveis, o que representa um aumento de 46,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a SES, 11.068 registros da doença já foram confirmados por exames.

Além das nove mortes com suspeita de dengue em Cássia, a SES também registra quatro óbitos em investigação em Piumhi, três em Passos, três em Carmo do Rio Claro, dois em Capetinga e ocorrências em Guapé, Itamogi, Monte Santo de Minas, Nova Resende, Pimenta e Pratápolis, com uma morte suspeita em cada.

Em relação ao dia 9 deste mês, a região registrou 833 casos prováveis e 295 confirmações da doença em um dia.

 

Controle

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destacou, em evento sobre arboviroses, que o Brasil tem controlado o número de mortes na atual epidemia de dengue. Segundo informações do governo federal, apesar de já ter alcançado em 2024 quase o dobro da quantidade de casos de todo o ano passado, houve uma redução proporcional no registro de óbitos. A Opas é o braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.

“Esse é um ponto muito importante, ter um aumento de transmissão e não ter um aumento significativo de óbitos”, avalia o especialista em arboviroses da representação da Opas no Brasil, Carlos Melo. Arboviroses são doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

“A gente não deve olhar unicamente a questão da transmissão e do número de casos. A gente tem que ter um olhar para o óbito, que é o primeiro objetivo no controle de uma epidemia, diminuir o número de óbitos e depois diminuir casos graves”, completou Melo, que participou nesta quinta-feira (11) de um seminário sobre arboviroses organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

O encontro acontece no cenário em que o Brasil atinge 3,1 milhões de casos prováveis de dengue nas 14 primeiras semanas de 2024. O dado foi divulgado na quinta-feira, 11. Isso representa 1.529 casos para cada cem mil habitantes. Em 2023, o país fechou o ano com 1,6 milhão de registros totais.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), nove unidades federativas estão com tendência de queda no quantitativo de casos; 13 apresentam estabilidade; e cinco, tendência de alta.

Já foram confirmadas 1,292 mortes por causa da dengue, enquanto 1.875 estão sob investigação. Isso representa uma letalidade sobre o total de casos prováveis de 0,04% no ano. Em 2023, no mesmo período, o índice era de 0,07%.

Em relação ao total de casos graves, a letalidade é de 4,21% em 2024 contra 5,22% em 2023.

Carlos Melo atribui a redução proporcional do número de mortos ao conjunto de ações coordenadas pelo Ministério da Saúde, que inclui vacinação focada no público mais atingido por casos graves e a assistência aos pacientes.