Rafael Marcon
PASSOS – Levantamento realizado pela Folha mostra que em 14 municípios da região, sete apresentam índice de vacinação bivalente contra a covid-19. Em comparação com o índice de vacinação da segunda dose de reforço (4ª dose) registrado pelos municípios no vacinômetro da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o percentual de doses bivalentes aplicadas ficou abaixo em Cássia, Delfinópolis, Jacuí, Monte Santo de Minas, Piumhi e Pratápolis.
No município de Passos, 3.024 doses bivalentes foram recebidas na primeira remessa e até a manhã de quarta-feira, 15, aproximadamente 1.500 foram aplicadas, um percentual de vacinação bivalente de cerca de 49%, marca superior ao percentual da quarta dose (33,4%).
Já em São Sebastião do Paraíso, com o programa ‘Drive Thru de Vacina’, a adesão da população para a vacinação bivalente está maior. O município recebeu 1.932 doses e aplicou 1.632, representando uma taxa de 84,4% de aplicação, que supera a taxa de aplicação da segunda dose de reforço (4ª dose) em relação a vacina comum.
Segundo a Superintendências Regional de Saúde de Passos (SRS-Passos), os municípios já fazem a vacinação bivalente nos idosos com 60 anos ou mais. Duas semanas após o recebimento das remessas, algumas prefeituras já divulgaram a quantidade de imunizações realizadas nos últimos dias e o percentual de vacinação. Alguns municípios aguardam uma nova remessa, como nos casos de São Roque de Minas e Vargem Bonita que já aplicaram 100% das doses.
Na primeira fase, a SRS-Passos recebeu primeira remessa da vacina Pfizer bivalente com 13.158 doses. A distribuição das doses bivalentes aconteceu no dia 1° deste mês entre os municípios, conforme suas respectivas populações na faixa etária a partir dos 70 anos e demais pessoas dos grupos prioritários dessa fase. Para as outras quatro fases da primeira remessa de vacina bivalente contra a covid-19, deverão ser completados os idosos de 60 a 69 anos, as gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde e pessoas com deficiência permanente.
A SRS-Passos atende 27 municípios, sendo: Alpinópolis, Bom Jesus da Penha, Capetinga, Capitólio, Carmo do Rio Claro, Cássia, Claraval, Delfinópolis, Doresópolis, Fortaleza de Minas, Guapé, Ibiraci, Itamogi, Itaú de Minas, Jacuí, Monte Santo de Minas, Nova Resende, Passos, Pimenta, Piumhi, Pratápolis, São João Batista do Glória, São José da Barra, São Roque de Minas, São Sebastião do Paraíso, São Tomás de Aquino e Vargem Bonita.
Secretarias de Saúde da região alertam sobre a baixa procura do imunizante
Rafael Marcon
PASSOS – As Secretarias Municipais de Saúde de Passos, Jacuí, Cássia e Piumhi registraram baixa procura da vacina bivalente. De acordo com os profissionais da saúde atuantes na área de imunização desses municípios, a expectativa era de uma maior adesão da população pela vacinação desse imunizante nas últimas duas semanas, quando foi recebida a primeira remessa.
Segundo a enfermeira de Referência Técnica de Imunização de Passos, Priscila Soares Corrêa Faria, apesar da divulgação, a procura pela vacina ainda está abaixo do esperado no município. “A vacina bivalente é de grande importância para a proteção contra as variantes da ômicron e na prevenção de formas graves da doença. Estamos divulgando sobre a vacinação bivalente, mas a procura está abaixo do esperado. Acredito que a pandemia esteja sob controle, mas a doença ainda existe”, reforçou a enfermeira.
“A vacinação da população é a única maneira de controlar a contaminação e o surgimento de novas variantes da doença. Todas as salas de vacinas do município estão disponibilizando a vacina para os grupos prioritários. Estamos realizando a vacinação dos acamados no domicílio. A população tem que fazer sua parte e se imunizar”, afirmou.
De acordo com a chefe do Departamento de Atenção e Saúde de Jacuí, Ana Carolina Martins, também afirmou que a procura pela vacina está baixa, já que das 243 doses bivalentes recebidas, apenas 10 foram aplicadas. “Nossa procura está pequena. Estamos planejando uma estratégia para aumentar a cobertura vacinal”, disse.
Segundo a enfermeira responsável pelo Centro Integrado de Saúde de Cássia, Janaina Ferreira Braz Neto, a vacinação bivalente é necessária para reduzir o número de casos das variantes da covid-19. “Sabemos a importância de completar o esquema vacinal contra a covid-19, o que se espera é uma melhor resposta imune específica à variante, consequentemente uma redução significativa dos casos. Para isso, contamos com a adesão da população nesta importante ação”, disse.
Para a secretária de Saúde de Piumhi, Rosângela Terra, a vacinação bivalente representa um maior controle de casos no município, mas não significa o fim da doença. “A expectativa do município de Piumhi é o controle dos casos. Porém, não há o controle total, persistindo uma preocupação. Sendo assim, considerando a necessidade de dar continuidade a vacinação com os esquemas de vacinação contra a covid-19 e também a realização de doses de reforço de vacinas bivalentes em 2023”, disse.
Em Delfinópolis, a vacinação ainda não ocorreu nos distritos, por isso o percentual de doses aplicadas ainda está baixo. Segundo a administração, no dia 24 de março será feita a vacinação nesses locais. “Tem essa data prevista por conta do intervalo que precisa entre uma dose e outra”, disse a assessora, Eduarda dos Reis Costa.