Por Roberto Nogueira
S. S. PARAÍSO – A sessão da Câmara de São Sebastião do Paraíso desta semana foi marcada pelo depoimento de Lídia Cristina de Sousa Brito sobre falta de medicação de alto custo.
Na Tribuna, ela relatou a situação do marido, que sofre com doenças autoimunes e a falta de medicamento. Segundo Lídia, o marido dela, Alexandre, sofre de doença de Crohn e púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) e depende de medicamentos de alto custo, como Ustequinumabe, Eltrombopague e Ciclofosfamida, que, segundo ela, estão em falta na rede pública de saúde.
Ela detalhou as dificuldades enfrentadas pela família, inclusive uma internação recente do marido, quando ele quase teria morrido devido à falta da medicação.
“Ele teve um sangramento grave e quase entrou em óbito. Os médicos não deram nem 1% de chance de vida. Foi uma luta para mantê-lo vivo”, disse. “Agora ele está em casa, mas os medicamentos continuam em falta”, relatou Lídia.
O vereador Marco Antônio Vitorino, o Marcão, foi um dos primeiros a se manifestar sobre o assunto. “Cinco meses sem a medicação é um tempo absurdo. Vamos enviar ofícios à Secretaria Estadual de Saúde e à Superintendência Regional, assinados por todos os vereadores. Não podemos nos calar diante dessa situação”, disse.
Já o vereador José Luiz das Graças sugeriu que seja feita a convocação dos representantes das instituições responsáveis para prestarem esclarecimentos na Câmara.
“Precisamos de respostas claras e diretas. Essa casa é o local adequado para que expliquem os motivos das negativas e atrasos na entrega dos medicamentos”, afirma. Em seguida ele ressaltou a importância de garantir acesso rápido aos remédios.
A vereadora Maria Aparecida Cerize Ramos, representante da Comissão de Saúde, ofereceu apoio à Lídia. “Vamos analisar toda a documentação e buscar alternativas para agilizar o fornecimento desses medicamentos”, disse. Em seguida mencionou que a “burocracia está sacrificando vidas”. Cidinha, destacou ainda que projetos já aprovados na Câmara que deveriam reduzir os prazos de entrega.
Juliano Carlos Reis e Luiz de Paula também se manifestou. Biju propôs acionar contatos políticos para reforçar as cobranças. “Temos um deputado estadual que pode intervir diretamente junto ao governo. Não podemos aceitar que pessoas fiquem desassistidas dessa maneira”, disse.
Luiz de Paula reforçou sobre a necessidade de envolver deputados federais na questão. “Essa é uma responsabilidade compartilhada. Precisamos que os governos federal e estadual respondam à altura”, completa.
O presidente Lisandro Monteiro concluiu o debate comprometendo-se em convocar a diretoria da Regional de saúde para uma reunião com os vereadores.