9 de outubro de 2024
Setor de serviços registra o melhor desempenho na geração de emprego entre as micro e pequenas empresas mineiras nos oito primeiros meses do ano./ foto: Reprodução
BELO HORIZONTE – As micro e pequenas empresas (MPEs) foram responsáveis pela geração de 127.474 novos postos de trabalho entre janeiro e agosto deste ano em Minas, o que representa 67% do total de vagas criadas no período, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
As MPEs do setor de serviços foram as que apresentaram melhor desempenho, com a criação de 58.761 novas vagas (46%), seguidas pelas micro e pequenas da construção civil (19.967) e da indústria de transformação (18.814).
“O crescimento do mercado de trabalho motivado pela atuação das micro e pequenas empresas em Minas reforça a eficiência das iniciativas da Sede-MG em prol da Liberdade Econômica, promovendo um ambiente de negócios menos burocrático, o que garante maior previsibilidade e segurança jurídica para a atuação do empreendedor mineiro”, afirma o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio.
Em agosto, os pequenos negócios do setor de serviços se destacaram com a geração de 6.798 novas vagas, obtendo um crescimento de 41,8% em comparação com o mês de julho (quando foram geradas 4.793 vagas).
Com saldo de 3.792 novos postos, o comércio ocupou o segundo lugar em agosto, tendo uma ascensão de 37% dos pequenos negócios em relação ao mês de julho (2.769). A terceira posição ficou com a indústria de transformação, com 3.750 empregos no oitavo mês do ano e crescimento de 57,4% em comparação com o mês anterior (2.382).
As MPEs do setor de agropecuária fecharam o mês de agosto com saldo negativo (- 6.289). Como explica o analista do Sebrae Minas Marcílio Duarte, esse desempenho é comum para o período do ano.
“A queda na geração de empregos pelo setor de agropecuária foi gerada devido à sazonalidade do setor com o fim da safra do café, o que resultou no desligamento de trabalhadores após um período de contratações temporárias. O cultivo do café foi o que teve maior número de demissões”, explica Marcílio Duarte.
Até o mês de agosto, as MPEs da região Central responderam por 44,4 mil novas vagas de emprego no estado, seguidas dos pequenos negócios do Triângulo Mineiro (15,8 mil) e do Sul de Minas (15,3 mil), sendo as mais representativas no saldo de novos postos de trabalho por pequenos negócios.
Já em números totais, incluindo médias e grandes empresas, durante o mesmo período, no saldo relativo de empregos, as regiões Noroeste e Alto Paranaíba se destacaram, com 15,2 vagas de emprego a cada mil habitantes na região, seguidas do Triângulo Mineiro, com 12,21 vagas, e da região Central, com 11,77.
Já na região Norte, apesar de terem sido geradas 4,46 novas vagas a cada mil habitantes, houve um crescimento significativo de 70,4% em comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Zona da Mata e Campo das Vertentes apresentaram 42,7% de aumento em relação ao mesmo período, tendo sido geradas, a cada mil habitantes, 6,89 vagas de emprego até agosto.
Esses resultados refletem a desburocratização do ambiente de negócios de Minas Gerais. Ao todo, o estado já conta com 463 municípios que aderiram à Lei de Liberdade Econômica por meio do programa Minas Livre Para Crescer, beneficiando mais de 11 milhões de cidadãos, o que representa mais de 55% da população mineira e 61% do PIB do estado.
Nos municípios livres, o tempo médio de abertura de empresas é de 16 horas, considerando o prazo de viabilidade e registro.
Além disso, cidades que avançam para o nível intermediário do programa contam com o Redesim+Livre - um projeto realizado pela Sede-MG e sua vinculada Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), com apoio do Sebrae Minas -, que agiliza ainda mais o processo de abertura de empresas no estado. As atividades de baixo e médio risco podem iniciar as operações em poucos minutos.