19 de fevereiro de 2025
A primeira fase da operação foi concluída no fim do mês passado / Foto: Reprodução
PASSOS – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) concluiu a segunda fase da operação Integridade e ofereceu denúncia contra a vereadora Aline Macedo, ex-presidente da Câmara de Passos, e mais sete pessoas por supostos crimes de falsidade ideológica eleitoral.
No mês passado, o MP já havia apresentado denúncia de associação criminosa contra ela e os outros sete investigados. A vereadora nega as acusações.
Segundo o MPMG, a conclusão da segunda fase de investigação ocorreu na última segunda-feira, 17. A operação foi conduzida pela Promotoria Eleitoral de Passos (209ª Zona Eleitoral) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Passos.
O MP informa que a operação revelou a existência de uma suposta associação criminosa constituída para a prática de crimes de corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral e propaganda eleitoral no dia da eleição.
“Após a realização de diligências investigatórias voltadas à apuração de sonegação de receitas e despesas na prestação de contas de campanha à Justiça Eleitoral, foi concluída a segunda fase da operação, com a apresentação de nova denúncia à Justiça pela prática de seis crimes de falsidade ideológica eleitoral”, diz o MP.
Operação
A operação Integridade foi deflagrada no dia 9 de janeiro pela Promotoria Eleitoral e o Gaeco de Passos, com o apoio da Polícia Militar, e contou com a participação de cinco promotores e 28 policiais.
Segundo o MP, no início da operação foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Passos e um em Ribeirão Preto (SP).
“O grupo é suspeito de aliciar eleitores com oferta de dinheiro em troca do voto, realizar propaganda de boca de urna e afixar material irregular de divulgação da candidatura nos veículos e residências de eleitores aliciados”, apontou o MP na época.
1ª fase
No dia 24 de janeiro, o MP concluiu a primeira fase da operação, com o oferecimento de denúncia contra a vereadora e outras sete pessoas por suposto crime de associação criminosa e 51 supostos crimes de corrupção eleitoral.
De acordo com o MP, a primeira fase da operação foi encerrada após a realização de várias diligências investigatórias, entre elas o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
“Ao longo da investigação, o MPMG também requereu a prisão preventiva de três investigados, mas o pedido não foi acatado pela Justiça Eleitoral. No lugar da prisão preventiva, foram decretadas medidas cautelares de comparecimento bimestral em juízo, proibição de contato com outros investigados e testemunhas, proibição de se ausentar da comarca de sua residência sem prévia autorização judicial, recolhimento domiciliar no período noturno e em finais de semana, além da entrega dos passaportes”, informou o MP após a conclusão da primeira fase da operação.