15 de junho de 2024
Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão nos municípios de Passos, Piumhi, Itaú de Minas, Delfinópolis e Fortaleza de Minas. Operação foi realizada pelo Gaeco e 2ª Promotoria de Justiça de Passos com apoio da PM / Foto: Divulgação
PASSOS – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou nesta sexta-feira, 14, a segunda fase da operação Vicário em Passos, Piumhi, Itaú de Minas, Delfinópolis e Fortaleza de Minas.
Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão e, segundo o MP, a segunda fase da operação desmantelou uma organização criminosa especializada em furtos e clonagem de caminhonetes e veículos de luxo.
A ação foi realizada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) regional de Passos, a 2ª Promotoria de Justiça de Passos e a Polícia Militar. O objetivo é investigar e reprimir crimes de organização criminosa, furto, roubo e adulteração de sinais identificadores de veículos, além de crimes contra a fé pública e lavagem de dinheiro.
Segundo o MP, a ação é fruto de investigação conduzida pelo Gaeco e pela 2ª Promotoria e contou com o apoio do 12º BPM e do 43º BPM, com sedes em Passos e São Sebastião do Paraíso, respectivamente.
Participaram das diligências três promotores de Justiça, dois servidores do Ministério Público e 42 policiais militares. As investigações prosseguem.
1ª fase
No dia 31 de março do ano passado, o MP deflagrou a primeira fase da operação “Vicário”, destinada a reprimir crimes de organização criminosa, furto, roubo e adulteração de sinais identificadores de veículos, além de crimes contra a fé pública, estelionato e lavagem de dinheiro.
Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão em Passos, Piumhil, Capitólio, Itaú de Minas, Fronteira, todos em Minas, Franca, Bebedouro, Bauru, no estado de São Paulo, Londrina, Arapongas, Rolândia, no Paraná, Itajaí (SC), Campo Grande (MS), Naviraí (MS), São Luís (MA) e Presidente Dutra (MA).
De acordo com o MP, a investigação que desencadeou a Operação Vicário foi resultado do intercâmbio de informações e apoio efetivo de todos esses órgãos, e ainda da Polícia Civil do Paraná.
Na investigação, as autoridades apuraram a existência de uma organização criminosa com articulação interestadual, dedicada à subtração de veículos de luxo com emprego de equipamentos eletrônicos para a codificação de chaves e partida dos motores; clonagem mediante adulteração da numeração do chassi e de outros sinais identificadores, replicação de placas e transplante de documentos de registro e, finalmente, a destinação econômica dos dublês com táticas para dificultar o rastreio documental, despistar o rastreio físico do veículo e conferir aparência lícita nas transações comerciais simuladas.
Segundo o MP, o grupo aumentava os ganhos com os crimes devido à evolução do modus operandi padrão, consistente em subtrair, esquentar e vender veículos no mercado clandestino, para modalidade criminosa bem mais lucrativa, consistente na venda de parte dos veículos clonados por preço de mercado, enganando compradores de boa-fé.
Na primeira fase, foram identificados pelo menos oito veículos subtraídos, avaliados em R$ 2,3 milhões, entre eles uma Toyota SW4 das quatro furtadas em Escarpas do Lago na madrugada de 16 de abril de 2022; uma Toyota Hilux das duas furtadas em Ilicínea na madrugada de 30 de julho de 2022, durante a Festa do Peão, e duas Toyota Hilux das sete caminhonetes subtraídas em Capitólio, na noite de 14 de novembro de 2022, durante o show do cantor sertanejo Gusttavo Lima.
Foram apurados um crime de roubo, sete crimes de furto, três crimes de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, três crimes de lavagem de dinheiro, um crime de receptação qualificada, dois crimes de uso de documento público falsificado, três crimes de falsidade ideológica, um crime de falsificação de documento público e dois crimes de estelionato, além do crime de organização criminosa.