GUAPÉ – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cumpriu 11 mandados de busca e apreensão na sétima fase da Operação Trem da Alegria e apresentou uma nova denúncia, a sétima, contra o prefeito afastado de Guapé, Nelson Lara, e um empresário, por crimes de corrupção ativa e passiva e organização criminosa.
Segundo o MPMG, a operação foi feita por meio da Procuradoria de Justiça Especializada em Ações de Competência Originária Criminal (PCO), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional Varginha, e da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público (Sudoeste de Minas Gerais).
Na sétima denúncia, o MPMG aponta que o prefeito afastado teria recebido vantagem indevida, na forma de dez terrenos urbanos localizados em um loteamento no município de Guapé, para facilitar a aprovação e instalação de um empreendimento, o que teria totalizado propina no valor de aproximadamente R$ 500 mil. O empresário denunciado integraria a organização criminosa instalada no âmbito do Poder Executivo prestando serviços ligados a fraudes em licitação e crimes de corrupção, afirma o MPMG.
Em continuidade às investigações, o Ministério Público também cumpriu mais 11 mandados de busca e apreensão para o aprofundamento das apurações em relação ao núcleo empresarial do suposto esquema
Participaram da operação quarenta policiais militares, dez policiais civis, sete promotores de Justiça e 10 servidores do MPMG.
O caso
Segundo o MPMG, no dia 7 de fevereiro deste ano foi deflagrada a 1ª fase da Operação “Trem da Alegria”, destinada a desmantelar organização criminosa atuante em Guapé, que seria dedicada à prática de crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, dentre outros.
Na ocasião, foi oferecida a primeira denúncia, contra seis pessoas pela prática de oito crimes, e foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão em Guapé e no Rio de Janeiro (RJ), seis mandados de prisão preventiva e seis mandados de afastamento dos cargos públicos – mandados de prisão expedidos contra o então prefeito municipal, contra o procurador-geral do município, contra o diretor-geral do Saae, contra o gestor de obras e contra dois empresários.
Ainda de acordo com o MPMG, outras seis fases foram deflagradas com o oferecimento de novas denúncias de crimes de uso de documento falso, fraude em licitação, peculato, corrupção, preterição na ordem de pagamento de credores e organização criminosa. O prefeito afastado e outros cinco denunciados permanecem presos e as investigações continuam, aponta o órgão.