5 de agosto de 2025
Os ex-presidentes Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves / Foto: Reprodução/Web
SÃO PAULO – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ampliou a investigação sobre possíveis irregularidades financeiras no Sport Club Corinthians Paulista, envolvendo os ex-presidentes Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves. A apuração, que inicialmente focava no uso dos cartões corporativos do clube, passou a incluir suspeitas de estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa.
O caso ganhou novos desdobramentos após o surgimento de um relatório de despesas de outubro de 2023, que apontou pagamentos a uma empresa chamada Oliveira Minimercado, a qual, segundo a investigação, não possui estabelecimento físico.
Foram emitidas sete notas fiscais entre os dias 18 e 31 de outubro, totalizando R$ 32.580 em despesas. O promotor responsável, Cássio Roberto Conserino, visitou o endereço indicado pela empresa e constatou a inexistência do comércio, o que reforça a suspeita de uso de empresa de fachada para desvio de recursos. Além disso, o Ministério Público investiga outras despesas que indicam utilização indevida dos recursos do clube para fins pessoais.
Denilson Grillo, ex-motorista de Duilio Monteiro Alves, foi qualificado como investigado, uma vez que assinou o relatório com as despesas suspeitas, e deverá prestar depoimento nos próximos dias. O MPSP também recomendou ao Corinthians a adoção imediata de mecanismos internos de controle, integridade e governança, após declarações do presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, que admitiu a falta de regras claras para o uso dos cartões corporativos.
Nesta semana, dirigentes do clube, como o presidente interino Osmar Stabile, o vice-presidente Armando Mendonça e Romeu Tuma Júnior, prestarão depoimentos como testemunhas. Também serão ouvidos o ex-gerente financeiro Roberto Gavioli e o ex-diretor Matías Romano Ávila. As defesas dos ex-presidentes afirmam que todas as despesas foram justificadas e reembolsadas ao clube, classificando as acusações como infundadas e motivadas por disputas internas. A investigação segue em andamento para apurar a responsabilidade dos envolvidos