16 de março de 2024
Foto: Reprodução / Arquivo FM.
PASSOS – O número de mortes em investigação com suspeita de dengue em Passos aumentou de três para cinco na última sexta-feira, 15. Na mesma data, também foi registrado o primeiro óbito em Cássia.
Na região, já são 13 mortes desde o início deste ano. Além de Passos e Cássia, também há mortes suspeitas em Pimenta e Piumhi, com dois registros em cada, Capetinga, Carmo do Rio Claro e Itamogi, com um em cada.
Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) apontam que até a última quinta-feira a região estava com 13.048 casos prováveis de dengue, sendo 5.806 com confirmação da doença, e 10 mortes em investigação. No dia seguinte, os números subiram para 13.785 notificações, com alta de 5,65%, sendo 5.982 delas confirmadas (+3,04%), e 13 óbitos em investigação.
O número de casos confirmados de dengue na região entre 1º de janeiro e 15 de março desde ano já é superior às confirmações em 11 dos últimos 15 anos. De acordo com a série histórica disponível no Painel de Monitoramento, somente os anos de 2014, que teve 6.627 casos confirmados de dengue, 2019 (6.268), 2022 (9.064) e 2023 (29.420) ultrapassam os registros da doença nos 75 primeiros dias de 2024.
A taxa média de incidência de dengue nos 27 municípios que fazem parte da Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS Passos) também tem aumentado desde o início do ano. Na última sexta-feira, o índice subiu para 2.725,45 para cada 100 mil habitantes.
Pimenta, com taxa de 12.717,51, apresenta a maior incidência da doença em 2024. O menor índice foi registrado em Jacuí (106,74), única cidade da região que está abaixo de 300, número considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como base para definir situação de epidemia da doença.
Na comparação com o ano passado, o número de casos prováveis de dengue já aumentou cerca de 70%.
A região também registra 28 casos prováveis de chikungunya em 2024, sendo que dois deles já estão confirmados. Passos e São Sebastião do Paraíso são os municípios com maior número de suspeitas de chikungunya, com oito notificações cada, seguidos por Guapé (quatro), Cássia (três), Capitólio (duas) e Delfinópolis, Fortaleza de Minas e São Roque de Minas, com uma notificação cada. Os casos já confirmados são em Passos e São Roque.
Até a última sexta-feira, Minas registrava 597.768 casos prováveis de dengue, sendo 220.094 deles confirmados para a doença. No estado, desde o início deste ano, já são 93 mortes em decorrência da dengue. O estado tem 369 mortes em investigação.
BRASÍLIA – Em um período de menos de três meses, o Brasil já registrou 1,68 milhão de casos prováveis de dengue em 2024, mais do que o total de notificações nos doze meses de 2023 (1,66 milhão). Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde no Painel de Monitoramento de Arboviroses.
O número de mortes observadas este ano (513) ainda não supera o registrado nos 12 meses do ano anterior (1.094). No entanto, ainda há 903 óbitos sob investigação, o que pode elevar as estatísticas da letalidade da dengue neste período de dois meses e meio de 2024.
Quanto aos casos prováveis, comparando-se o mesmo período de 2024 e 2023 (primeiros dois meses e meio do ano), há cinco vezes mais casos neste ano do que no ano anterior. A maior parte dos casos prováveis neste ano atinge as mulheres (55,5%).
As unidades da federação com maiores índices de incidência são o Distrito Federal (5.044 casos por 100 mil habitantes), Minas Gerais (2.809 por 100 mil) e Espírito Santo (1.730 por 100 mil). Os menores índices estão nos estados do Maranhão (44 por 100 mil), Pernambuco (85 por 100 mil) e Piauí (87 por 100 mil).