Rafael Marcon

PASSOS – A Associação dos Moradores do Parque Residencial Jardim Vila Rica, em Passos, criaram um ofício para impedir a construção de um necrotério e de uma reforma em uma marcenaria nas imediações da Av. JK. Segundo a radialista, Maria Cristina Piotto, uma das idealizadoras do pedido, uma reunião com o promotor de justiça, Antônio Oliveira, na última sexta-feira, 16, foi realizada para o protocolo do documento.

De acordo com o documento, as reclamações dos moradores são válidas e persistentes, pois na região estaria com excesso de ruído e de poluição (pó de madeira). O ofício pede ainda a paralisação imediata das obras, respeito as legislações que tratam sobre o funcionamento do necrotério e do trabalho dos profissionais responsáveis, além do pedido de uma pesquisa de campo entre os moradores da região, sendo necessária para a liberação do alvará da construção e reforma.

“Aqui permitam-nos uma reflexão: o que diriam sobre nossa Avenida JK o próprio Juscelino Kubitscheck e seu genial assessor, Oscar Niemayer, que estão dentre os principais corresponsáveis pela maravilha mundial da urbanística e arquitetura, que é nossa cara capital, Brasília”, publicaram no documento.

“E diante do exposto, nós da Associação dos Moradores do Parque Residencial Jd. Vila Rica que subscrevemos, estamos certos de contar com vossa compreensão quanto a providências cabíveis, que entendemos começar pelo imediato embargo das obras no referido endereço, para se seguirem os atos administrativos afins, inclusive os de postura municipal subsequentes”, pedem os moradores.

Ainda segundo o ofício, a Av. JK tem grande extensão, significando uma complexidade urbanística, que requer considerações especiais, por parte de técnicos da prefeitura e do Legislativo, bem como, dos cidadãos conscientes que fizeram do seu endereço residencial ou comercial no trecho da avenida.

Além da promotoria, o ofício deve ser encaminhado para outros órgãos responsáveis e interessados: Vigilância Sanitária, Câmara Municipal, Conselho de Engenharia (Crea), Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), Secretaria de Saúde e Secretaria de Obras.

A Prefeitura de Passos aguarda o recebimento do documento para tomar uma decisão a respeito do problema.