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Minas registra saldo de US$13,2 bi na balança comercial no 1º trimestre

EXPORTAÇÕES DE CAFÉ EM MINAS CRESCERAM 24,5% EM JUNHO DESTE ANO NA COMPARAÇÃO COM O MESMO PERÍODO DE 2023 / Foto: Reprodução

BELO HORIZONTE – Com aumento nas exportações, de 4,3%, e queda nas importações (-2,8%), o saldo da balança comercial de Minas no primeiro semestre deste ano chegou a US$ 13,2 bilhões, novo recorde no período de 2020 a 2024, segundo informações do governo do estado.

Em junho deste ano, o superávit foi de US$ 2,1 bilhões, com receita de US$ 3,4 bilhões em exportações e gasto de US$ 1,3 bilhão em importações.

Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic) para Minas Gerais estão disponíveis em um painel interativo no site da Fundação João Pinheiro (https://fjp.mg.gov.br/paineis-interativos-de-dados/).

A ferramenta tem o objetivo de auxiliar gestores públicos na criação de políticas públicas baseadas em evidências, expandindo as possibilidades de análise da composição e dos fluxos do comércio internacional de Minas Gerais. Para isto, o painel apresenta uma síntese da base de dados com valores de exportação, de importação, do saldo comercial e dos principais parceiros e produtos comercializados no Estado com outros países para o período de 2020 a junho de 2024.

Na comparação com o primeiro semestre de 2023, as exportações de minérios (predominantemente minério de ferro) registraram crescimento de 13,2% no acumulado de 2024, o que representou uma participação de 34,5% do produto na pauta mineira.

Nas importações, a retração de 2,8% foi resultado das quedas expressivas da comercialização de veículos automóveis (-10%), combustíveis minerais (-14,5%), produtos químicos orgânicos (-37,5%) e adubos (-25,6%) frente ao aumento das importações de máquinas e equipamentos mecânicos (13,2%). As importações de máquinas, aparelhos e materiais elétricos permaneceram estáveis.

Na comparação entre junho de 2024 e junho de 2023, as exportações recuaram 4,6% e as importações, 8,1%. O Estado se posicionou como o segundo maior exportador do país, com participação de 11,6%, atrás apenas de São Paulo (17,6%). No Brasil, o superávit foi de US$ 6,7 bilhões em junho de 2024, com recuo de 1,9% nas exportações e aumento de 14,4% das importações frente ao mesmo mês do ano passado.

Em Minas Gerais, as exportações de café, sementes e frutos oleaginosos (predominância da soja) e açúcares cresceram, respectivamente, 24,5%, 14,2% e 10,9% em junho de 2024 em relação ao mesmo mês de 2023. Na mesma base de comparação, registraram queda as exportações de minérios (-1%) e de ferro fundido, ferro e aço (-43,5%). Esses cinco produtos corresponderam a mais de 70% da pauta de exportações do mês, com destaque para a participação dos minérios (33,3%).

Nesse mesmo recorte, à exceção das importações de máquinas e equipamentos mecânicos, que cresceram 51,8%, apresentaram retração as de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-39,8%), adubos (-3,2%), veículos automóveis (-49,7%) e produtos químicos orgânicos (-24,4%). Esses cinco produtos alcançaram mais de 50% do valor total das importações mineiras em junho de 2024.

Os principais destinos das exportações de Minas Gerais em junho de 2024 foram a China, com participação de 44,8% no valor total, e os Estados Unidos, de 8,3%. Os dois países também foram as principais origens das importações, com participação de 24,4% e 13,2%, respectivamente.

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