BELO HORIZONTE – Com 24,3% de variação no volume das atividades turísticas em 2023, Minas lidera o índice no país e também é a primeira em receita nominal no setor, com 34,9% de alta em relação a 2022.
De acordo com o Índice de Atividades Turísticas (Iatur), apurado pelo IBGE, a variação mineira ficou 13,2 pontos percentuais acima da média nacional (11,1%). O crescimento na receita nominal também está acima da média brasileira (30,1%).
“Reflexo do compromisso da gestão com o desenvolvimento do turismo em toda a sua extensão. Dados do IBGE apontam que o setor é um dos principais responsáveis pelo aumento do PIB brasileiro, o que demonstra a importância das atividades turísticas. Nossa meta é investir cada vez mais para contribuirmos em maior geração de emprego e renda”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira.
Segundo o IBGE, o turismo gerou impacto positivo de 2,2% no setor de serviços de Minas Gerais. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor gerou 5.644 novos empregos no estado no primeiro quadrimestre deste ano.
Circulação de pessoas
Dados da área de transportes também demonstram o crescimento do turismo mineiro. O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte teve cerca de 20 mil pousos de aeronave de janeiro a abril, alta de 26,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em voos domésticos, aproximadamente 2 milhões de pessoas desembarcaram em Confins no período. Apenas em abril, o fluxo foi de 823.397 passageiros, crescimento de 13,4% em relação ao ano anterior, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A estimativa do BH Airport para junho é de cerca de 845 mil passageiros, com 7,7 mil operações de aeronaves. O número representa crescimento de 15% em relação a junho de 2022 e uma retomada de 96% do fluxo em relação a junho de 2019, período pré-pandemia.
O fluxo da rodoviária também se intensificou. Foram 2,3 milhões de pessoas passando pelo terminal belo-horizontino no primeiro quadrimestre, dos quais 1,2 milhões desembarcaram na cidade, representando aumento de 10,3% em relação ao mesmo período de 2022.
Minas Junina
A expectativa é que a movimentação de pessoas nos meses de junho e julho traga ainda mais impulso à economia do estado, especialmente a partir da realização do Minas Junina, programa desenvolvido pela Secult-MG para promover o turismo no período. A criação de 4 mil empregos informais, nos setores do comércio e de serviços, foi projetada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Os diversos “arraiás” espalhados pelo estado, de acordo com levantamento realizado pela Secult, deverão gerar circulação de cerca de 6 milhões de pessoas, aumento de quase 20% em relação a 2022. A expectativa de ocupação hoteleira também é bastante positiva para o período. Alguns municípios, como Ouro Preto e Mateus Leme, projetam ocupação hoteleira acima de 90%.
Dados do Ministério do Turismo (Mtur) apontam que as festividades de Santo Antônio, São João e São Pedro devem mobilizar mais de 26,2 milhões de pessoas e arrecadar cerca de R$ 6 bilhões pelo país. O montante é 76% maior do que o contabilizado nos eventos de 2022, quando foram gerados mais de R$ 3,4 bilhões.