PASSOS – O Atlético encerra a temporada de 2024 em clima de frustração. Sob o comando de Gabriel Milito, o time amargou os vice-campeonatos da Copa Libertadores e da Copa do Brasil, além de perder as chances de disputar a próxima edição da competição continental via Campeonato Brasileiro. Em meio a esses resultados decepcionantes, a fragilidade defensiva do Galo se destacou como um dos principais problemas da equipe.
No último sábado, 30, mesmo em vantagem numérica durante toda a partida, o Atlético foi derrotado por 3 a 1 pelo Botafogo, na decisão da Libertadores. O placar foi uma repetição do primeiro jogo da final da Copa do Brasil contra o Flamengo, no Maracanã. No Brasileirão, o cenário também foi desanimador, com derrotas expressivas como os 4 a 0 para o Palmeiras, os 4 a 2 para Vitória e Flamengo e o 3 a 0 contra o Botafogo.
Desde 2016, nenhum técnico teve números tão ruins no quesito defensivo quanto Milito. O argentino comandou o Atlético em 61 partidas até agora, nas quais o time sofreu 75 gols. Uma média de 1,22 por jogo. Apenas Marcelo Oliveira, em 2016, apresentou um desempenho superior, com 58 gols sofridos em 42 jogos, resultando em uma média de 1,38.
Ainda restam dois jogos para o Galo encerrar a temporada, contra Vasco e Juventude, ambos pelo Brasileirão. Caso o time não sofra gols nessas partidas, a média defensiva de Milito cairá para 1,19, inferior à de Rodrigo Santana, que teve média de 1,21 em 2019, e se afastando do histórico de Marcelo Oliveira.
Os números atuais também representam o terceiro pior desempenho defensivo de Gabriel Milito como treinador. Somente em 2017 e 2018, quando comandou o O’Higgins, do Chile, seus times tiveram médias maiores, de 1,5 e 1,23 gols sofridos por partida, respectivamente.
A temporada de 2024 fica marcada não apenas pelos resultados frustrantes, mas também pelo desafio de Milito em ajustar o sistema defensivo de um Atlético que, ao longo do ano, não conseguiu encontrar solidez.