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MG Transplantes faz campanha para incentivar doação de órgãos

8 de maio de 2024

Ação realizada no último sábado em Belo Horizonte / Foto: Reprodução

BELO HORIZONTE – A MG Transplantes realizou, no último sábado em Belo Horizonte, uma ação para promover a conscientização e o incentivo à doação de órgãos e tecidos.

De acordo com informações do governo do estado, a atividade foi feita em pontos estratégicos da capital e do Aeroporto Internacional de Confins, em colaboração com a Associação de Veteranos da Força Aérea Brasileira de Minas Gerais.

Vinculada à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), a MG Transplantes registrou em 2023 um aumento de 20% no número de doadores e de cirurgias em relação ao período pré-pandêmico.

O diretor da instituição, Omar Lopes Cançado, aponta que as ações de conscientização ajudam a esclarecer a população sobre a importância das doações de órgãos e tecidos.

“Quanto mais esclarecidas as pessoas estiverem, maior será a aceitação do processo e, consequentemente, a decisão pela doação. Com isso, conseguimos aumentar o número de transplantes realizados”, afirma.

Em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) foi instituído no ano passado um apoio financeiro para hospitais do estado tanto na captação de órgãos e tecidos como para transplantes.

Todos os anos, é realizada a campanha “Setembro Verde”, para conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, e também treinamentos e certificações para a captação e realização de transplantes.

Em 2023, Minas teve o maior volume de doações da última década, mas a fila de espera por um transplante também aumentou. De acordo com o MG Transplantes, até o dia 29 de abril deste ano, 7.514 pessoas aguardavam por um transplante no estado. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), no ano passado 3.014 pessoas morreram enquanto aguardavam pelo procedimento.

Omar Cançado explica que o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Ministério da Saúde, é o responsável por gerir a lista única de espera por transplantes no país. Ele aponta que a recente campanha para a autorização eletrônica de doação de órgãos (AEDO) pode contribuir para a discussão sobre o assunto e facilitar a tomada de decisão pela família, que terá um documento oficial que comprova o desejo de doar expresso pela pessoa que faleceu.