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MG cria 1ª lei estadual de combate à violência política contra mulheres

23 de dezembro de 2023

Deputados querem abordar estratégias do governo estadual com relação ao assunto, depois de Zema ter afirmado que alunos sem vacinação em dia poderão frequentar escolas do Estado./ Foto: Divulgação / ALMG.

BELO HORIZONTE – A primeira legislação estadual para combate à violência política contra a mulher foi criada em Minas. Segundo informações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)l, a Lei 24.466 é um dos destaques da produção do parlamento mineiro em 2023.

A lei nasceu do Projeto de Lei (PL) 2.309/20, concebido e aprovado na ALMG tendo como autoras as deputadas Ana Paula Siqueira (Rede), Andréia de Jesus (PT), Beatriz Cerqueira (PT) e Leninha (PT), as três últimas ameaçadas de morte no exercício do mandato.

O texto define como violência política contra a mulher qualquer ação, comportamento ou omissão, individual ou coletiva, com a finalidade de impedir ou restringir o exercício do direito político pelas mulheres. E cria o Programa de Enfrentamento ao Assédio e Violência Política contra a Mulher, estabelecendo suas diretrizes e seus objetivos. Deputadas lutam, agora, para que a lei seja regulamentada pelo Poder Executivo.

Em outra iniciativa da ALMG, crianças e adolescentes foram contemplados no PL 53/23, do deputado Eduardo Azevedo (PL), que aguarda sanção do governador para virar lei. A proposta prioriza no Estado a investigação de crimes hediondos, crimes contra a pessoa e crimes contra a dignidade sexual que tenham como vítimas crianças e adolescentes.

Os inquéritos policiais desses casos deverão receber identificação padronizada que destaque sua tramitação prioritária nas investigações e na realização de exames periciais. A autoridade policial também deverá comunicar os pais ou responsáveis pela criança sobre a prisão ou soltura do investigado e sobre a conclusão das investigações.

Atividades culturais, de educação para a cidadania e de homenagens, entre outras, também foram realizadas pela ALMG ao longo de 2023 e mobilizaram mineiros de todas as regiões do Estado. Em uma delas, o Parlamento Jovem de Minas (PJ Minas), cerca de 150 estudantes de 132 municípios aprovaram, em setembro, o documento final com propostas sobre o tema “Jovem e Mercado de Trabalho”. No Plenário da ALMG, eles protagonizaram um debate construtivo com vistas ao aprimoramento das políticas públicas na área.

O documento final foi entregue à Comissão de Participação Popular, encarregada de dar encaminhamento às propostas.

Cantata de Natal da Assembleia chegou à 15ª edição e voltou a reunir 300 vozes, de 17 corais, além de regentes e músicos voluntários, com uma combinação das músicas erudita e popular. Neste ano, a mensagem foi de sustentabilidade, com a distribuição de mudas frutíferas e de biofábricas de joaninhas, insetos que ajudam a combater pragas de hortas, jardins e pomares.

cerimônia de entrega de medalhas da Ordem do Mérito Legislativo também uniu tradição e inovação na homenagem a 175 pessoas, realizada no Palácio das Artes.

“Um tributo às personalidades que não apenas honram a herança do passado, mas também a conduzem por novos caminhos”, como definiu o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Tadeu Martins Leite (MDB).

O ano de 2023 foi também de celebração dos 200 anos do Parlamento no Brasil. Em Reunião Especial de Plenário realizada em junho, deputados, ex-deputados e outras autoridades celebraram a importância do Parlamento como instituição garantidora da democracia e da liberdade, tendo o diálogo como o principal caminho para as conquistas sociais.

Para fortalecer o comércio de produtos mineiros como queijos, cafés, quitandas, cachaça, verduras e artesanato, a Assembleia também passou a abrigar a Feira de Agricultura Familiar. O convênio com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) prevê a realização da feira na primeira quinta-feira de cada mês, por dois anos, prorrogáveis por mais dois.