Meio Ambiente

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9 de junho de 2023

Corredor Ecológico da Mata Atlântica

Como parte da agenda do 8º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), representantes das pastas ambientais dos sete estados que compõem essas duas regiões do país se reuniram na semana passada, no prédio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), no Circuito da Liberdade, em Belo Horizonte. Além dos anfitriões mineiros, estiveram presentes gestores de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Tema

O tema principal do Grupo de Trabalho (GT) do Meio Ambiente foi o tratado pela Mata Atlântica, passando por três pontos de prioridade na abordagem: restauração florestal e definição de um grande corredor ecológico que passa pelos sete estados; contratação coletiva de dados para monitoramento em tempo real do bioma; regulamentação de um mercado de carbono regulado para alavancar projetos de restauração. “A definição do corredor ecológico abrange os sete estados e irá integrar as áreas preservadas, trabalhando com projeto de restauração florestal e pagamento por serviços ambientais para esse grande acordo de conservação do bioma”, explica a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Marília Melo.

Padronização

Para a preservação e monitoramento das áreas desse corredor, a ideia dos participantes do consórcio é a padronização dos dados monitorados por meio da Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) de cada estado, construindo uma base de dados comum relativa à cobertura vegetal, com imagens de satélite que tenham uma escala adequada.

Mercado de carbono

Já a ideia do mercado de carbono regional é fundamental para geração de recursos a partir desse projeto. “Essa regulamentação nos dá condição de gerar crédito de carbono a partir da restauração florestal desse bioma nos nossos estados”, pontuou a secretária Marília Melo. “Esse corredor de Mata Atlântica é uma área incrível, que vai do Rio Grande do Sul até Minas Gerais, com muita riqueza. Nós temos o hotspot da biodiversidade do mundo aqui nessa região. É fundamental tratar de forma muito séria todo o potencial desse bioma. Passamos a tarde toda discutindo como esses estados em conjunto podem criar esse corredor de forma cada vez mais potente e acessar também o mercado de carbono, que pode nos ajudar a financiar a restauração desse corredor”, disse a subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, Ana Asti.