3 de outubro de 2024
Foto: Reprodução
Mancha vermelha sobre o Brasil
O Copernicus, um programa de observação da Terra da União Europeia, apontou uma grande mancha vermelha sobre o Brasil, no final de semana. A mancha pode ser consequência das queimadas que atingem o país, sobretudo as regiões da Amazônia, Cerrado e Pantanal. Desde o ano passado, o número de queimadas no Brasil cresceu 91% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Planeta
O Copernicus analisa o ambiente no planeta e mede as partículas de sólidos e líquidos na atmosfera, os chamados aerossóis atmosféricos, que podem ter consequências diretas e indiretas no clima e afetar a saúde do ser humano. O programa mede também a concentração de monóxido de carbono sobre o País. As queimadas que acontecem no Brasil causam poluição que é captada pelo Serviço de Monitoramento da Atmosfera do observatório Copernicus. Quanto mais vermelha é a mancha, maior é a poluição concentrada no ar.
Combate
O Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, em seu mais recente boletim dos incêndios divulgado na quarta-feira, 25, aponta que ações do governo federal combateram 931 incêndios na Amazônia, Pantanal e Cerrado este ano, dos quais 79% foram extintos. Foram mobilizados 3.518 profissionais de campo para o combate e, entre os recursos, 39 aeronaves, entre elas dois aviões e seis helicópteros da Forças Armadas.
Monitoramento
Já o monitoramento realizado pela organização suíça IQAir apontou que cinco capitais brasileiras estavam com qualidade do ar insalubre neste sábado. Em uma delas, Rio Branco, no Acre, a condição era ainda pior, classificada como muito insalubre. A cidade atingiu 261 pontos na avaliação da IQAir entre as 14 e 14h30 deste sábado. Às 17h20, o ar de Rio Branco já tinha melhorado para 196 pontos, mas ainda na condição de insalubre.
Registro
O Brasil registrou 207.484 queimadas este ano, segundo o Inpe. O aumento é de 91% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram 108.546. Os estados com mais focos são Mato Grosso (45.251), Pará (36.018), Amazonas (22.058) e Tocantins (15.026), todos na região amazônica.