PASSOS – Aos 76 anos, o marceneiro Nelson Alves de Oliveira vai lançar seu primeiro livro, “Das lembranças que ficaram”. O lançamento será nesta sexta-feira, 21, no anfiteatro da Casa da Cultura de Passos, a partir das 19h30.

Radicado em Passos há quase 60 anos, ele é natural de Guapé, cidade pela qual nutre uma grande paixão, tanto é que vários de seus textos referem-se ao município. “Carrego em mim uma alma de poeta e no peito uma paixão eterna pelo lugar onde nasci”, diz um trecho de sua biografia.

Com 88 páginas, o livro de Nelson traz histórias de sua infância, reflexões sobre política e alguns poemas. O autor diz que tentou deixar a marcenaria por várias vezes, “mas ela nunca me deixou” confessando que “a arte da marcenaria é uma paixão”. Segundo ele, o primeiro texto que escreveu foi “no toco de uma árvore, ainda criança, lá em Guapé”. Depois de casado, já em 1975, passou a colocar no papel suas ideias, mas jogou fora muitos de seus escritos.

Nelson revela que a ideia da obra partiu de sua filha, a professora Dracyelle Edwiges Teixeira de Oliveira Santos. Ao ver os textos do pai, ela decidiu transformá-los num livro. Além de Dracyelle, Nelson tem mais dois filhos (Dering e Dranner) e seis netos – prestes a ganhar mais um. O marceneiro, que é casado com Dea Lúcia Teixeira de Oliveira, estudou até o terceiro ano primário e diz que gosta muito de ler: “Gosto de ler tudo o que cai em minhas mãos, sociologia, histórias da guerra, enfim, de entender a metamorfose humana”.

O autor não tem planos para outros livros, embora revele que continua escrevendo seus textos. Nelson diz que escreve muito sobre política “com o intuito de melhorar o meio social em que vivemos, sobre minhas lembranças, apenas coloco no papel o que me acompanha no dia a dia”. O livro de Nelson foi editado pela Gráfica e Editora União, de Passos.

Dracyelle Oliveira Santos, que é professora em uma escola municipal, agradeceu o apoio das secretarias municipais de Educação e da Cultura de Passos para o lançamento da obra de seu pai. “Ele está ansioso, mas superfeliz”, disse a professora.