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Educação socioemocional

O clamor que emerge de Blumenau pede que voltemos nossa atenção à educação que se vive nas famílias e nas escolas, na sociedade como um todo. Nas discussões de currículos e da função da escola muito se fala na “educação socioemocional”, mas pouco se explicita como colocar em prática esse conceito.

Professores e pais não estão preparados para essa tarefa e o que vemos são atividades rasteiras que não atingem nem o verniz que recobre o conceito. Equipes de escolas necessitam urgentemente de psicólogos, psicopedagogos e filósofos bem formados e preparados para trabalhar as nuances do aprender e do viver consigo mesmo e com a sociedade.

A “felicidade” almejada implica absorver frustrações, superar obstáculos, ter respeito às regras e limites estabelecidos com clareza e objetividade. Enquanto estivermos atentos somente à satisfação dos desejos e ao policiamento externo não teremos pessoas que saibam viver em grupo, mas terão na violência o instrumento de mostrar suas insatisfações.

A criança necessita saber que é amada, acolhida, mas não é o centro do universo familiar ou social. Saber se conter faz parte do crescimento e da trilha que conduz a vida repleta de momentos de sofrimento, de dor física e emocional, de alegrias, de celebrações e de felicidade. Este é o novo homem sonhado por Maria Montessori e muitos outros pensadores que buscaram o equilíbrio entre o desejo e o dever, entre o ser e o ter, entre servir e ser servido.

Edimara de Lima – São Paulo/SP

Sementes para tragédias

Como evitar ataques como o que matou quatro crianças em uma creche em Blumenau? Medidas de segurança como policiamento nas escolas, contratação de vigilantes e maior controle dos acessos não podem ser dispensadas. São necessárias, mas não suficientes.

Inibir a formação de potenciais agressores e reconhecer jovens com mudanças de comportamento graves, alguns dos quais infelizmente precisam ser mantidos sob um regime de supervisão durante 24 horas até deixarem de representar perigo para a sociedade. Com uma política leniente em relação a indivíduos com personalidade em formação, cuja agressividade se expressou em sucessivos eventos, o País está cultivando as sementes para novas tragédias e as espalhando por toda parte.

Jorge Alberto Nurkin – São Paulo/SP

Cartas para esta coluna, de no máximo 30 linhas, para Rua 2 de Novembro, 206. E-mail: leitor@folhadamanha.com.br. WhatsApp (35) 9 9191 0425

 

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