14 de novembro de 2024
Foto: Reprodução
Inconsequência oficializada
Socorro, ou se tomam providências amargas e urgentes, urgentíssimas, ou vamos continuar ferrados e sem perspectivas cada vez mais.
Uma das desgraças que nos assola é a inflação oficial, e principalmente a não oficializada, nos preços de produtos, bens e serviços, não correspondida pela capacidade de ganho dos consumidores. Num país de pobres, aposentados pelo INSS, desempregados e subempregados, sub-preparados por uma cultura endêmica e apodrecida, a situação fica caótica, cada vez mais.
E lembrando que inflação não é alta preços. A alta de preços é consequência do descontrole monetário (inflação) e quem caberia fazer este controle corretamente é a direção do país.
Mas neste país governado, judicializado e legislado por uma tralha de incompetentes, mesclada maciçamente por bandidos, criminosos no seu mais alto grau, mal caracteres, que só buscam o poder e benefício próprio, não se consegue mais esperanças.
O dólar a 5,80 já não está tão longe do horizonte de 7,00. E o que isto significa? Descontrole e mais inflação a ser absorvida pela população. Este descontrole monetário governamental que precisa de um choque de moralidade e ética, diante inclusive de todos os desvios de finalidade, só poderia ser atingido pelas palavras mágicas “controle efetivo do déficit público”. E o que isto? É a “simples” adequação das receitas e despesas do país. Mas aqui não se busca reduzir as despesas públicas e sim só o aumento das receitas com o escorchamento dos impostos colocados sobre a sociedade.
Um remédio amargo monetário, diante da falta de ação neste equilíbrio honesto de contas, é ainda o aumento da SELIC como tentativa de conter a inflação. Como disse um conhecido e isento economista, não político, que prefere hoje encarar uma taxa SELIC DE 15% a.a. do que um dolar comercial próximo aos R$7,00. Estes valores são só questões técnicas que escapam ao controle e conhecimento de muitos mesmo. Apenas um percentual mínimo da população consegue assimilar o que significa o impacto destes dados, porém o certo mesmo e que todos devem entender:
Só com irresponsabilidade e inconsequência, sem ter vergonha na cara, sem mudanças estruturais na direção do país e também da própria forma de pensar da população em todos os seus níveis, continuaremos sem saída.
Roberto Barbieri – Passos/MG