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Leitor

Dia dos Pais

De muito não tenho como abraçar ou presentear o meu pai; ele se foi há uns bons anos. Entretanto, não poderia deixar passar em branco a data. Mas como fazê-lo? Lembrei-me do 5o. mandamento: honrar pai e mãe; um obstáculo: não se costuma prestar honras aos mortos. Descobri, contudo, que a palavra honrar no sentido religioso tem uma maior amplitude de significado, inclusive o de homenagear. Nesse sentido, vou falar de meu pai e de algumas virtudes dele as quais tento me colar. Minha mãe amava-o e o admirava pelas suas qualidades; acho até que a admiração – que minha mãe deixou-me por herança – era maior mesmo do que o seu amor. Ensinou-me que a gratidão e a lealdade são virtudes siamesas, mútuas e recíprocas. Era um pouco seco com os filhos, principalmente os homens; era o modelo de educar da época. Transmitiu a lição no sentido de que não se deve exigir dos pequenos mais do que eles podem dar. Aprendi com ele a ensinar pelo exemplo. Piedoso e seguidor das lições de Jesus, foi o maior cristão que conheci; não obstante, era ateu. Muitas coisas ficam ainda a dizer dele; mas presunçosamente, com estes escritos, espero ter cumprido parte, ainda que pequena, do mandamento. Elevar o nome do pai e se conduzir coerentemente com o que ele transmitiu de bom é a melhor forma, acho, de honrá-lo.

Raul Moreira Pinto – Passos/MG

Piores exemplos

Foi-se o tempo em que deputados e senadores se contentavam com nomeações e cargos. Lula refém do congresso parece ter se esquecido de que foi nos governos do PT que o mensalão e o petrolão nasceram e passaram a fazer parte dos acordos. Mascarados com objetivos políticos, o esquema de corrupção caiu no gosto dos políticos. Tem que pagar e não é pouco. Está errado cobrar a fatura? Certamente, mas de onde partiu essa ideia tão maravilhosa, todos sabem. Qualquer assunto que seja do interesse do governo está superfaturado. Não importa o Brasil tem de ser bom primeiro para quem negocia. Resumindo, tudo que não presta se aprende rápido. E não seria diferente no mundo da política de onde partem os piores exemplos.

Izabel Avallone – São Paulo/SP

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