Carlos Renato
PASSOS – A Justiça Eleitoral vai disponibilizar transporte público gratuito na zona rural neste domingo, 6, para deslocar os eleitores em Passos. As seções eleitorais que funcionavam fora da cidade foram transferidas para o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Pioletti Piassi Nogueira, que fica no bairro Jardim Canadá.
De acordo com o chefe do Cartório, duas rotas estarão disponíveis neste domingo para essa parcela do eleitorado, que fica, em boa parte, nas comunidades da Mumbuca e das Águas.
“Os ônibus, trabalharão em formato de circular, com dois horários no período da manhã e outros dois horários à tarde. Eles devem percorrer vários pontos predeterminados, até chegar nesses locais com mais densidade demográfica rural em Passos”, destacou.
Segundo Alexandre, cada rota deve deslocar de 100 a 150 pessoas durante o dia de votação. “Esses pontos já foram definidos pela Comissão de Transporte, onde fixou cartazes com informativos e avisos sobre horários e como deve funcionar os deslocamentos. Esses trajetos já são tradicionais, as pessoas locais conhecem onde ficam, pois, em muitas eleições os ônibus param nesses mesmos locais”, explicou.
Conforme apontou o chefe do Cartório, ao chegar na cidade, os veículos vão percorrer a maioria dos locais de votação para entregar os eleitores. “Eles (ônibus) vão primeiro no Cemei Pioletti Piassi, onde desembarca a maioria das pessoas, mas continuam circulando para entregar os demais eleitores que votam em outras escolas”, disse.
Queda de eleitores
Segundo Alexandre, por conta da logística e da queda no número de eleitores que optaram por votar na zona rural, a Justiça Eleitoral resolver retirar as duas seções eleitorais que funcionavam nessas localidades.
“Essa constatação foi um diagnostico da Justiça Eleitoral, onde percebemos que nesses locais não chegava a 200 eleitores por seção, sendo que, a capacidade total pode chegar a 400”, disse.
Segundo Alexandre, toda eleição aumentava a complexibilidade em montar uma seção eleitoral na zona rural. “Temos que deslocar pessoal, precisávamos solicitar escolta policial durante a distribuição das urnas, tínhamos ainda a preocupação com as condições físicas das estradas rurais, por ser vias com pirambeira. A logística era um desafio e complexa, pois as urnas saíam da cidade ainda de madrugada e percorriam mais de 30 quilômetros”, afirmou.
“Além disso, precisávamos de uma estrutura especial para receber os mesários e os motoristas, com a disposição de um carro específico para esse tipo de demanda”, completou.
Alexandre destaca ainda que a Justiça Eleitoral sempre disponibilizou ônibus para a cidade no dia da eleição. “Até a eleição de 2018, eram 14 rotas, que para montar toda essa estrutura era muito complexo. Após um diagnóstico de verificação de quantos usuários estavam utilizando o serviço foi constatado que os veículos circulavam até seis vez no dia e, apenas um ou dois passageiros esperavam pelo transporte. Isso era um desperdício de combustível e de tempo. Inclusive, teve rotas que ninguém utilizava”, disse.
“Extinguimos 10 percursos e sobraram quatro em 2020, que na eleição seguinte ficaram apenas duas. Pode chegar um momento que também deve extinguir essas duas rotas que sobraram, por falta de interesse dos eleitores”, aponta.