19 de fevereiro de 2025
Atletas exigem que seja oferecido maior qualidade aos gramados / Foto: Reprodução
PASSOS – Nesta terça-feira, 18, vários jogadores que atuam no futebol brasileiro se manifestaram e começaram uma campanha, por meio das suas redes sociais, contra a instalação de gramados sintéticos em estádios que recebem as competições profissionais. A campanha defende que todos os locais tenham grama natural.
Alguns dos nomes que aderiram estão Neymar, do Santos, os atacantes Gabigol e Dudu, do Cruzeiro, o zagueiro Thiago Silva, do Fluminense, os meias Philippe Coutinho, Alan Patrick e Lucas Moura, do Vasco, Internacional e São Paulo, respectivamente, além de alguns jogadores do Corinthians.
Na postagem, os atletas criticam os rumos que o futebol brasileiro está tomando e pedem que os jogadores sejam mais ouvidos. “Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim”, diz a nota divulgada pelos atletas. O texto compartilhado também destaca a seguinte frase: “Juntos pelo espetáculo. Futebol é natural, não sintético”.
Além da qualidade dos gramados, o principal argumento dos atletas é o risco de lesões graves. Hoje, na Série A do Brasileirão, o Allianz Parque, do Palmeiras, e o Engenhão, do Botafogo, possuem grama sintética já instalada, enquanto a Arena MRV, do Atlético, está com a implantação em andamento.
Diante disso, o Palmeiras divulgou uma nota afirmando que o gramado do estádio Allianz Parque é certificado pela FIFA e que inspeções anuais são feitas desde 2020 para que se respeitem os mesmos parâmetros dos pisos naturais. Ainda disse que não há comprovação científica a respeito da associação entre grama sintética e aumento do risco de lesões. “O clube respeita a opinião dos atletas que manifestaram preferência por campos de grama natural e considera urgente o debate sobre a qualidade dos gramados do futebol brasileiro; este problema, contudo, não será solucionado com críticas rasas e sem base científica”, diz um trecho da nota do clube Alviverde.