Ícone do site Folhadamanha

Investigado em esquema de aposta jogou no Cruzeiro

Leonardo Pedro

PASSOS – No início desta semana, o Ministério Público de Goiás promoveu uma operação para o combate de esquema de manipulação de resultados em três jogos da última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022. O zagueiro Joseph, ex-Cruzeiro, é um dos quatro jogadores investigados.

O defensor atuou no clube celeste na temporada de 2021 e hoje pertence ao Tombense, da cidade de Tombos-MG. Na última quarta-feira, 15, o clube divulgou nota oficial sobre o afastamento do atleta, mas sem o identificar. Também estão sendo investigados Matheus Duarte (ex-Sampaio Corrêa e atual Cuiabá), Gabriel Domingos e Romário (ambos do Vila Nova).

Segundo o Ministério Público, as partidas entre Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina tiveram jogadores incentivados pela organização criminosa a manipular as ações do jogo. A estratégia previa cometer pênaltis no primeiro tempo das três partidas. Apenas o jogo do Vila não teve a ação.

Em contrapartida, os atletas receberam R$10 mil de adiantamento e parte do prêmio viria das apostas. É estimado que cada envolvido receberia cerca de R$150 mil por aposta.

No Cruzeiro, Joseph participou de apenas seis jogos, sem se firmar com nenhum dos três técnicos que passaram pelo clube naquele ano. O zagueiro ficou marcado pelo bizarro gol contra de barriga marcado no empate em 1 x 1 com o Goiás. Entre 2020 e 2021 também atuou no América.

Em entrevista a Globo, o presidente do Tombense, Lane Gaviolle, afirmou que conversou com Joseph, que negou envolvimento no esquema. “Eu conversei, como presidente. Ele me falou que não tem nada a ver, nada a temer. Mas mesmo assim, ele tem que provar, né? Se ele provar a inocência via documento, via tudo, a gente vai voltar e conversar com ele”.

No jogo entre Criciúma e Tombense, foi dele a falta cometida dentro da área que resultou no pênalti para a equipe catarinense, desperdiçado pelo atacante Lohan. Ainda assim, o clube mineiro foi derrotado por 2 x 0.

Em novembro do ano passado, a Justiça de São Paulo condenou 11 pessoas à pena de dez anos e oito meses de prisão sob acusação de integrarem uma organização criminosa especializada em manipular e fraudar resultados do futebol.

Sair da versão mobile