21 de julho de 2025
CAMINHONEIROS / Foto: Reprodução
Caminhoneiros
Lideranças de caminhoneiros avaliam fazer paralisações e bloquear vias em todo o Brasil devido ao tarifaço imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
Tarifaço
A medida do ex-presidente dos EUA, que passa a valer em agosto, acendeu o alerta em setores como o agronegócio e a indústria, que vêm debatendo uma possível mobilização desde a semana passada.
Cautela
Apesar do histórico de apoio a Jair Bolsonaro, representantes da categoria não querem iniciar os protestos agora. O receio é de que a paralisação seja interpretada como reação à operação da Polícia Federal contra o ex-presidente, na última sexta-feira, 18.
Insatisfação
Outro fator de descontentamento foi o decreto assinado por Lula em 16 de julho sobre a BR do Mar, com incentivos à indústria naval – movimento visto como ameaça ao transporte rodoviário de cargas.
Aprovação
A maioria dos brasileiros aprovou a operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro, segundo levantamento da Quaest divulgado neste sábado, 19. Nas redes sociais, 59% apoiaram a ação e 41% saíram em defesa do ex-presidente.
Monitoramento
Foram analisadas 1,3 milhão de citações sobre o caso entre 0h e 17h da sexta-feira, 18, produzidas por 418 mil autores únicos. O conteúdo gerou 72 mil comentários por hora e alcançou 113 milhões de visualizações por hora, segundo a metodologia de Social Listening da Quaest.
Reações
Entre perfis de direita, 32% criticaram o STF e 11% mencionaram “ditadura” ou “censura”. Para a Quaest, o episódio evidencia um ambiente digital polarizado, com decisões judiciais rapidamente convertidas em combustível político.
Investigação
A operação foi autorizada por Alexandre de Moraes e apura possíveis crimes como tentativa de golpe de Estado, obstrução da Justiça, coação de testemunhas e até atentado contra a soberania nacional. O ministro ainda afirmou que Bolsonaro tentou condicionar o fim de tarifas dos EUA a uma anistia no Brasil.
Repercussão
A operação também impactou as buscas na internet. O nome de Jair Bolsonaro teve um volume de pesquisas no Google cinco vezes maior do que a média de junho. Termos como “tornozeleira” e “Alexandre de Moraes” também registraram alta.
Polarização
A Quaest destaca que o caso reforça a radicalização do debate político no país, com redes sociais funcionando como termômetro imediato da opinião pública e amplificadores das disputas entre bolsonaristas e opositores.