11 de setembro de 2023
O governador em exercício professor Mateus Simões (foto) participa, nesta segunda-feira,11, do evento de assinatura de contrato de concessão do lote 3, com estradas do trecho Varginha-Furnas.
Com um total de 432,8 quilômetros, os trechos estão localizados entre São Sebastião do Paraíso e Três Corações, e contemplam 22 municípios. A concessionária de rodovias do lote 3 recebe o nome de EPR Vias do Café.
Na oportunidade, também serão detalhadas informações sobre o andamento dos contratos dos Lotes 1 – Triângulo – e 2 – Sul de Minas -, como parte do Programa de Concessões de Rodovias.
A notícia, que vem sendo divulgada por alguns colunistas políticos de Belo Horizonte, pode gerar nova preocupação para os proprietários de áreas lindeiras dos lagos de Furnas e Mascarenhas de Moraes.
É que a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) está desenvolvendo um programa de demarcação das áreas à margem dos rios nacionais, que atualmente são ocupadas pela atividade rural e outras, mas na grande maioria dos casos, respeitando a preservação das reservas florestais.
As experiências feitas com essa demarcação, que objetivamente para nada serve além do que já acontece, resultou em ocupação por movimentos, que não plantam, não produzem e ainda comprometem as reservas florestais, devastando áreas onde havia florestas nativas.
Em Januária, nas margens do Rio São Francisco, no norte de Minas, foi assim; famílias invadiram essas áreas e nada resultou de aproveitável. Ninguém trabalha, crianças não estudam, come-se o que vem nas cestas básicas dadas pelo Governo.
Pela velocidade dessas operações, não está claro quem está fazendo tais demarcações. É a própria SPU, com recursos de pessoal próprio, ou é alguma empresa contratada para tais demarcações? É uma enormidade de serviços.
Primeiro se demarca, o que já aumenta o compromisso dos proprietários com a área, mas, da mesma forma, isso não lhe dá autoridade para nada, porque depois de desapropriadas, as áreas passam a pertencer ao poder público.
Segundo os críticos da iniciativa, fica a dúvida: o Governo, que não cuida sequer de seus ativos urbanos, vai se interessar por áreas no interior dos Estados?
Especialmente em Minas, que tem uma das maiores bacias hidrográficas do país, como a do São Francisco e a do Rio Grande.
Já se pode imaginar, por exemplo, em cidades como o Jaíba, cuja atividade depende, quase 100% da relação com o São Francisco. É mais um conflito para lotar a agenda as varas federais da justiça.