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Influenciadores podem impulsionar visibilidade e vendas de pequenas empresas

11 de fevereiro de 2025

POSTAGENS PODEM TER A INTENÇÃO DE IMPULSIONAR AS VENDAS, O NÚMERO DE SEGUIDORES OU A VISIBILIDADE DA MARCA NAS REDES SOCIAIS / Foto: Reprodução

SÃO PAULO – Não é raro ver publicações nas redes sociais, principalmente no Instagram e no TikTok, sinalizadas como publicidade ou parceria.

Associar uma marca a uma pessoa famosa para impulsionar o negócio é uma estratégia antiga e se tornou ainda mais popular com o surgimento dos influenciadores digitais.

A estratégia também funciona para pequenas empresas, mas alguns cuidados são necessários. A analista de negócios do Sebrae-MG Daniela Soares afirma que, pelo lado positivo, o influenciador atua como uma ponte que liga a marca aos clientes

“A pessoa vai ajudar a dar visibilidade para a empresa, por meio da conexão que ela tem com seus seguidores, além de ser uma forma de ter vídeos e imagens de qualidade atrelados ao perfil do empreendimento”, avalia.

“Se a parceria for feita do jeito certo, o empreendedor terá resultados positivos, seja no número de seguidores, no volume de vendas ou no fluxo de clientes na loja”, aponta.

A empreendedora Stefania Bonetti, fundadora da Onda Eco, marca de produtos de limpeza ecológicos de Curitiba, viu nos influenciadores uma forma de comunicar o que as prateleiras de mercado não conseguiam.

Os produtos são comercializados online e em pontos de vendas físicos, em Estados do Sul e do Sudeste, mas Stefania achava que só os rótulos e as descrições do site não eram suficientes para convencer os clientes sobre os diferenciais da Onda Eco.

“A gente precisava de alguém que não só divulgasse, mas que também explicasse os benefícios para as pessoas. Dentro da nossa estratégia de iniciativas digitais, o marketing de influência tem um papel fundamental para propagar o conhecimento sobre a marca.”

Perfil

Embora a parceria possa ser positiva para pequenas empresas, alguns cuidados são necessários. Em primeiro lugar, Daniela diz que o empreendedor precisa definir quais são os seus objetivos com a ação. As postagens podem ter a intenção de impulsionar as vendas, o número de seguidores ou a visibilidade da marca nas redes sociais.

Nenhuma das opções é incorreta, mas é preciso definir a meta antes de escolher o influenciador ou o investimento pode ser desperdiçado. Depois, é fundamental estudar o perfil das pessoas selecionadas. “O escolhido precisa ter familiaridade com o setor e valores alinhados à missão da marca”, afirma. Daniela diz que uma forma de evitar problemas é produzir um briefing detalhado.

Para garantir conteúdos de qualidade, é importante dar liberdade para que o influenciador produza os materiais com um toque pessoal, mas sempre com os detalhes alinhados para evitar erros de comunicação. “Uma informação errada pode gerar uma crise para a empresa”, diz.

Engana-se quem pensa que os perfis com milhões de seguidores são a melhor opção sempre. Para os pequenos negócios, os nanoinfluenciadores, com até 10 mil seguidores, e microinfluenciadores, com até 100 mil, podem ter um resultado mais eficiente.

Daniela explica que os perfis locais costumam despertar mais confiança nos internautas, além de possibilitarem a realização de ações presenciais. Também é possível procurar pessoas focadas em um assunto específico, que estejam alinhadas com a marca, já que fica mais fácil atingir o público-alvo.

“O custo-benefício também precisa ser considerado. É mais fácil negociar com influenciadores menores, tanto valores quanto a forma como o serviço será feito. O impacto nos clientes é maior, e os gastos com perfis pequenos são menores”, afirma.